quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

The Stranglers

O peso de uma vida.

É difícil aceitar o que nós somos, é como ver um cigarro se acabando sem ter mais nenhum no maço para fumar; pois no instante que vou ao banheiro percebo que sou agua e excremento, saio do "trono" e volto as minhas divagações. Um pensamento... idéias... lembranças... mistura de sensações, dores de um corpo cansado.


O sol irá nascer amanhã? É preciso estar disposto pra mais um dia; mais um dia de incertezas, de angustias e de muita hipocrisia humana. Mais circo... será que serei capaz de suportar os dias de mediocridade em que estou inserido? Enfrentar mais um dia onde o dia não foi o dia, mas sim lacunas em branco onde o peso da existencia ferve meu sangue como se  estivesse numa panela para ser cozido igual sangue de boi. São as horas que nunca passam onde o amanhã é sempre hoje e onde no hoje tudo tem que ser feito. Faço o caminho que me leva para o lugar de onde vim; morro todos os dias e isso é só uma questão de tempo. Diante desse absurdo em que me encontro a vida me fecha os olhos para viver o que de dia não posso viver, toda liberdade destrutiva que só os meus movimentos insinuam.

Ela me diz que existe o perfume para esconder o odor, a comida para enganar a fome, a agua para beber, assim eu esqueço a sede que sinto, a sede de conhecimento.

Somos algo que se meche por alguns segundos sobre o tempo.