segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SOS EDUCAÇÃO!





Hoje foi mais um dia de sufoco na escola. Não somente de sufoco, mais aterrorizante. FOGO! Isso mesmo, fogo na sala de aula enquanto eu estava passando a matéria na lousa. Quando virei para os alunos, depois de sentir o cheiro de algo sendo queimado, me deparei com uma das cadeiras, que se encontrava no fundo da sala, pegando fogo, em labaredas, que ficava cada vez mais alta; fora a fumaça que tomava conta do local. Fiquei indignado e super triste com aquela realidade. Um lugar que deveria ser de emancipação humana, pelo contrário, sendo usado como lugar de diversão e perigo por alguns alunos que se acham donos do colégio. Sim, eu confesso, insuficiência disciplinar por parte da gestão. O QUE FAZER? -- me perguntei diante do fogo. Ok, mandei chamar a coordenadora que demorou, mais do que o normal, para descer, usando o argumento que o professor que deveria resolver o acontecido. Como assim? Outra pergunta que me fiz e sem resposta. A situação fugia do meu controle...  Depois de algum tempo do ocorrido e de já termos jogado agua no fogo, eu não, mas a assistente de limpeza, apareceu a coordenadora mandando todos os alunos entrarem na sala. Obrigado, mas isso eu já estava fazendo, pois antes, não tinha como ficar dentro da sala por causa da fumaça... Alguns alunos passaram até mal. Nós tínhamos sérias suspeitas de quem teria feito aquilo. Até que uma das alunas denunciou quem fora e o que viu... Eu, sinceramente, acreditei que haveria apoio, punição, até descobrirmos quem teria feito aquela atrocidade. Engano meu, a coordenadora me disse que nada poderia ser feito, pois não seria viável culpar um aluno sem ter plena certeza.  No entanto, nada, absolutamente nada, foi feito. Enquanto a coordenadora falava com os alunos, alguns deles olhavam com ar de risos para ela e eu. Debochando, é claro, de nós...  e sem respeito nenhum pelas autoridades daquele estabelecimento. Éramos os palhaços do palco... Depois da saída da coordenadora, ficamos lá, olhando uns para os outros, ou mirando o chão, em silêncio. A lição de moral entrou por um ouvido e saiu, rapidamente, pelo outro. Ou seja, nada resolvido. E o aluno criminoso olhando com "ar de risos", ou seja,  satisfeito com o acontecido. Completamente frustrado e assustado, voltei para casa depois do expediente, é claro. Nesse dia foi preciso que eu tomasse até um remédio (calmante) para tentar esquecer e dormir. Já sobre efeito do remédio, decidi escrever essas poucas palavras como forma de desabafo para não adoecer. E pensei: amanhã tem mais.