Estamos convivendo com o ódio nas redes sociais, uma forma irracional de posse, de superioridade diante de tudo aquilo que não se aproxima dos padrões considerados "normais" para uma sociedade. É como se as coisas não devessem mudar, é proibido o fluxo de mudanças...
O Brasil é um país emergente em questão econômica, mas temos aqui, como em vários outros países da América latina, uma elite atrasada, porque é conservadora nas ideias e no seu modo de entender a gestão pública. Atrasada, principalmente, naquilo que é humano, que faz parte de nós, que nos integra como seres pensantes de mesma espécie... daquilo que é considerado a batida "perfeita" de um coração em consonância com o seu ser, e ao mesmo tempo com sua capacidade de existir junto, de sentir junto... Quando a harmonia dos fatos não se fazem entender, paradoxo? Pois é bem assim. E quando somos severos e não entendemos o sentimento do outro é porque simplesmente não nos ensinaram que a dor é comum àquele que tem carne e sangue... tipo assim: a sensibilidade não teve a sua imaginação diluída pelo corpo. E nesse caso "é a lama, é a lama", como diz a música... é sempre bom lembrar que o contrário disso é violência, espero que nunca, jamais, esqueçamos disso.
Entrar numa rede social hoje em dia é estar diante do perigo virtual, é querer ir embora... É correr perigo de agredir sua inteligência, sua capacidade de raciocínio diante do ódio, da falta de espaço para o diálogo. Veja que uma brisa à beira da praia curaria tal angustia, mas é preciso combater, diz uma voz dentro de nós... não esquecendo nunca da praia, ela precisa está em vista.
A falta de informação está diluída pelos quatro cantos, nos postos de saída, na seleção de trabalho, no mercado, no vizinho... E é quando a inteligência pensa qual é a causa? A dúvida duvida, porque não é óbvio e mesmo se fosse a inteligência buscaria resposta mais precisa, porque o óbvio, aquilo que já está dado, é superficial demais para não exigir o máximo de sua capacidade de poder, de poder ser...
O "bicho papão" anda amedrontando as criancinhas ingênuas e inocentes pelos quatro cantos. O "bicho papão" é conhecido por outros nomes: medo, egoísmo, irracionalidade... "pai, afasta de mim esse cálice"... a música não me sai da cabeça.
Não podemos retroceder diante das pautas conservadoras, pois quando alguém não deixa o outro existir o mundo adoece...
Você tem medo do pobre retirar seus privilégios? Se cure, pois você está doente.
Você acha que só você pode sentir prazer? Se cure, pois você está doente.
Você não se abre para o diálogo? Se cure, pois você também está doente.
O ódio não cura, o ódio mata... mata aquilo que poderia ser mais belo, mais pleno, mais feliz...
