quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PAULO PAIM REPUDIA ATOS DE GRUPO NEONAZISTA E DIZ QUE SEGUIRÁ LUTANDO CONTRA O PRECONCEITO

O senador Paulo Paim (PT-RS) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (5), repudiando os atos de um grupo neonazista desarticulado pela polícia gaúcha nesta semana. Entre o material apreendido numa casa no centro de Porto Alegre, além de CDs, símbolos nazistas, livros e roupas com suásticas, havia um vídeo com imagens de violência contra negros e supostas ameaças ao senador. As ameaças estariam ligadas ao fato de o parlamentar defender a instituição de cotas raciais nas universidades.

Na nota, Paim, que foi reeleito para um mandato de oito anos no Senado, afirma que as ameaças não o intimidarão e que sua luta para o fim de todos os preconceitos prosseguirá. O parlamentar propôs a realização de uma audiência pública para debater o tema, no dia 19 deste mês, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra.

Segue a íntegra da nota divulgada pelo parlamentar.

NOTA OFICIAL DO SENADOR PAULO PAIM

"Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados. Pelo contrário. Continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso país. Se o material elaborado por essas pessoas foi feito para me intimidar ou prejudicar, isso não aconteceu, pois não me intimido e tampouco os gaúchos. Lembro que há oito anos fui eleito para o Senado com 2 milhões de votos e o povo gaúcho numa demonstração de repúdio a esse tipo de atitude neonazista me reelegeu com quase o dobro de votos, 3.9 milhões. Sou o único senador negro eleito e reeleito na história da República Brasileira. Sei das minhas responsabilidades perante este momento. É inadmissível que em pleno século 21, quando os Estados Unidos elegeram um negro presidente, a Bolívia um índio presidente e o Brasil uma mulher presidente, nós tenhamos que conviver com situações como a ocorrida hoje em Porto Alegre. Tenho absoluta certeza que atitudes como essa não são aceitas pelo povo gaúcho e brasileiro. Não vou exigir segurança pessoal como foi levantado. Pretendo sim, realizar uma audiência pública aqui no Senado no dia 19 de novembro, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra com a presença da OAB, CNBB, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Movimento Negro".

Senador Paulo Paim

Vai começar. Meus olhos enchem de agua por causa de uma poeira que embassou minha mente. São tantas idiossincrasias uma querendo ser melhor do que a outra. É a suposta verdade que cobre as cidades como chuva de granizo e quem não estiver protegido é pego por suas pedrinhas de gelo. Salvem-se quem puder.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre os miseráveis. Viviane Forrester.

"Cada um é prisioneiro desse corpo a alimentar, abrigar, cuidar, fazer existir e que incomoda dolorosamente. Lá estão eles com sua idade, seus pulsos, seus cabelos, suas véias, a complicada delicadeza de seu sistema nervoso, seu sexo, seu estômago. Seu tempo deteriorado. Seu nascimento que foi para cada um o começo do mundo, a beirada da duração que os conduziu até aqui".

O egoísmo humano é amedrontador.

"O HORROR ECONÔMICO" de Viviane Forrester, romancista, ensaísta e crítica literária do jornal Le Monde de París.

O "Horror Econômico" de Viviane Forrester é um livro amplo no que se trata da miséria humana. A autora aponta muito bem as várias facetas do sistema capitalista com muita ironia e poesia para dar voz aqueles que não sabem se expressar porque nunca aprenderam engolindo sempre o que lhe jogam goela à baixo. A miséria humana está a um passo dos grandes cassinos, clubes de luxo, hotéis cinco estrelas, mansões de magnatas, e nós aceitamos com uma resignação de uma ferida que deixou sua cicatriz para sempre em nossa memória. Quando lembrada (a miséria) não causa nem dor mais, apenas uma frase silenciosa surge vagando em nossas mentes onde diz: "A vida é injusta, que triste". Em suas palavras, como uma dor absurda que grita na escrita, ela usa poesia e toca aqueles que ainda preserva a sua sensibilidade não deixando esse "racionalismo" dominar seu corpo e mente. Aqui, eu aponto duas de suas frases, tirada de seu livro "O Horror Econômico",onde percebemos tamanha indignação: "Quando jovem, uma energia que é imediata e incessantemente desprezada, castrada; quando velho, uma fadiga que não encontra lugar de repouso, o mínimo bem-estar, nem a menor consideração". "Não existe pior angustia que a esperança". P.36-37 do livro.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O CASO DA RECEITA.

por Janine Ribeiro

8 de setembro de 2010 às 10:19h

A exploração política do caso é exagerada

Por Renato Janine Ribeiro*

“”Cortem-lhe a cabeça!”, disse a rainha. “Mas sem processo?”, perguntou Alice. “Primeiro a condenação e depois o processo”, explicou a rainha. “No meu país é o contrário”, retrucou Alice. “Aqui, não”, concluiu a rainha.” Lembro dessa cena de “Alice no País das Maravilhas” quando leio o inflacionado debate sobre algo que é erradíssimo -a violação do sigilo fiscal de cinco nomes do PSDB, de centenas de outras pessoas na agência Mauá da Receita e de centenas de milhares de declarações de renda vendidas na rua 25 de Março (em SP).

Mas a exploração política do caso é exagerada. Aquele que retirou a declaração de Veronica Serra não é respeitado nem pelos jornalistas. Nada nele demonstra estilo petista, embora tenha aderido ao PT logo após a vitória de Lula -adesão que, pelo visto, não levou a nada.

Mas os jornalistas creem numa única afirmação dele: o episódio visaria a prejudicar José Serra (PSDB). Por que essa seleção do que merece crédito? Ainda mais levando em conta que, se alguém pode ser prejudicado, é Dilma Rousseff (PT).Na verdade, afora o fato de que declarações de renda são vendidas na rua há anos, o que me preocupa de imediato são duas coisas.

A primeira é que a imprensa abriu mão de cobrir, a sério, as eleições. O Paraná, por exemplo, vive um pleito complexo, mas os jornais apenas repetem descrições, sem explicar como uma sociedade rica tem uma política pobre.

Esse é um exemplo entre muitos. A cobertura eleitoral é função dos institutos de pesquisa, dos escândalos e, bem pouco, do trabalho dos repórteres. Isso augura mal para o futuro de uma profissão que um dia quis exercer.

O outro ponto: sem provas da ligação do detestável delito com a candidatura Dilma, o candidato que está atrás nas pesquisas quer anular na Justiça os votos dela.

Se for jogo de cena para levar ao segundo turno, não é bonito, mas vá lá. Se for uma tentativa de anular 60% dos votos válidos e empossar um presidente votado por 25% dos eleitores, será um golpe fatal na nossa democracia.

Melhor seria a oposição e a imprensa que a apoia aceitarem que nas eleições se perde e se ganha, que elas não são uma guerra em que se mata o inimigo, mas uma competição em que o povo escolhe o preferido para cada cargo.

E o povo não merece que se destrua a democracia, que a discussão política se reduza a uma crônica policial ou que os vários lados fiquem de birra um com o outro.
Teremos, todos nós, que construir este país, pelo resto de nossas vidas. Melhor evitar paixões e atos que tornem, depois, difícil a colaboração, pelo menos entre quem gosta do Brasil.

RENATO JANINE RIBEIRO é professor titular de ética e filosofia política do Departamento de Filosofia da USP. Foi diretor de Avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação (2004-08), no governo Lula

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Avante.

O que me resta é só o gemido, minha vida morta, meus caminhos tortos.
O que me importa é não está vencido.

A moral hipocrita por Hipocryta de Baco.

Eu fico com minha liberdade guardada sobre o peso da moral religiosa judaica cristã. Mesmo com um avanço da razão sobre essa hipocrisia da religião castradora de desejos não temos ainda em nosso direito leis que aprovem o que a razão vem dizendo há séculos. Infelizmente o que vemos é o fundamentalismo religioso cada vez mais em voga. Poucas pessoas tem acesso a informação clara sobre assuntos polêmicos e quando tem, mesmo assim, fica difícil quebrar tão rapidamente os costumes em que nos encontramos. O que é Legal se fundamenta no que é Moral. O Brasil, país onde a religião catolica ainda predomina, avança com seus pré-conceitos, difusos, obsoletos se justificando através de uma sensibilidade totalmente calculista e direcionada. No dia em que o Direito se afastar dessa Moral talvez encontraremos um pouco mais de liberdade, de autonomia. Mais isso depende de todos nós. De um povo mais EDUCADO, mais autonomo.

Jornal 10 (globonews) ataca mais uma vez.

Continuaremos acreditando em um governo que está para classe dos trabalhadores. Votaremos na Dilma Roussef para presidenta para que as políticas públicas que estão surgindo sigam em sua vitória. O partido dos trabalhadores (pt) vem ganhando vantagem nas pesquisas feitas pela Data Folha e outros, mas mesmo assim não podemos vacilar quando os carniceiros da direita neoliberal começarem o seu jogo sujo para influenciar com suas mentiras o eleitorado brasileiro.

Ontem, dia 26/08, no J10 da globonews, o apresentador deixou bem claro, sem medo de parecer partidário, a preferência da Rede Globo pelo o candidato José Serra ao comentar com o colunista de O Globo Merval Pereira sobre as últimas pesquisas feita pelo Data Folha onde o Candidato do PSDB caiu 19 pontos. Tentaram entender o porque dessa reviravolta do PT. Fica claro através desse vídeo, e até mesmo pelo tempo que deram a isso, a preocupação da elite com a queda do seu representante. Sempre que querem "furar" os olhos da esquerda chamam esse colunista Merval Pereira que por sinal deve estar ganhando muito bem para fazer o sujo que vem fazendo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DUAS CAPAS.

A Veja tem razão. A causa das enchentes em São Paulo foram as chuvas. Está na cara que foram as chuvas. Qualquer outra acusação é demagogia eleitoral.
Obs:Como se essa parte da cidade mostrada na foto fosse a grande vítima.

A Veja tem razão. A causa das enchentes no Rio foram os governos (principalmente Lula, é claro). Está na cara que foram os governos. Qualquer outra acusação é demagogia eleitoral.
Obs:Como se o fato dele chorar fosse resolver alguma coisa.

A Veja é uma revista que tem a capacidade de produzir duas capas contraditórias e aceitá-las como verdadeiras. Tal capacidade parece com um fenômeno que Orwell descreveu da seguinte forma (substituindo o Partido pela Veja… fica perfeito):

"Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que a Veja o Partido era a guardiã da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar".

DO QUE TEM MEDO?

A visão da ideologia burguesa (empresariado) aprova o gonverno Lula, mas votará na oposição no candidato José Serra. O que será que está passando pela cabeça do empresariado brasileiro? "Chuparam da fruta, mas agora estão com medo de continuarem arriscando"? Pois lembremos que no início ninguém acreditava num torneiro mecânico como presidente. As piadas ridicularizando o presidente Lula eram fortes em todo o meio social. Tiveram que engolir e hoje com a cara mais deslavada do mundo aprovam o gonverno e o crescimento da econômia, mas, no entanto, querem um representante oficial da burguesia, José Serra. Dizem que ele está mais preparado. Esquecem estes que não acreditavam na "preparação" de Lula no início da gestão. É muita contradição de uma vez só, ou é porque se trata de uma mulher no poder? O país mostra sua máscara que nunca esteve escondida, apenas camuflada. A máscara do machismo e preconceito. Vencemos e mostramos que um operário mecânico pode fazer grandes mudanças, agora é a vez de mostrar que uma mulher no poder também terá seu valor. Estamos falando de uma mulher(Dilma Rousseff) que tem história na política brasileira e muito conhedora dos projetos do gonverno Lula.

Leiam a matéria abaixo para entender mais da mente burguesa.

Empresário aprova Lula, mas vota Serra.

Cristiane Agostine e Ana Paula Grabois, de São Paulo
15/04/2010

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi bom para o setor empresarial e será lembrado como um período de forte crescimento do setor produtivo, segundo empresários e dirigentes de grandes grupos industriais. Em enquete realizada pelo Valor na terça-feira, na entrega do prêmio “Executivo de Valor 2010″, todos os que responderam à sondagem informaram que suas empresas cresceram de forma significativa nos últimos oito anos. Dos 142 empresários que participaram da pesquisa, nenhum disse que nesse período sua companhia estagnou ou encolheu. No entanto, a maioria pretende votar na oposição na eleição presidencial de outubro. José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, recebeu 78% dos votos. A candidata do presidente Lula, ex-ministra Dilma Rousseff, teve 9% das intenções de voto. A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, conquistou 5,6% dos votos e o deputado Ciro Gomes, do PSB, teve apenas um voto, 0,7% do total.
O governo Lula é bem avaliado, segundo a sondagem: 52,8% consideram a gestão ótima ou boa e três em cada quatro empresários disseram que suas companhias ganharam muito no governo Lula. Apenas 6,3% classificam a administração como ruim ou péssima. A visão positiva em relação ao governo, entretanto, ainda não foi convertida em intenção de voto para a petista. Entre os que informaram que suas empresas cresceram muito, Dilma recebeu 9,3% dos votos e Serra, 79,4%.
Os empresários responderam três perguntas, sem se identificar e depositaram o voto em uma urna.
Durante a premiação, empresários ouvidos pelo Valor evitaram revelar a preferência por um candidato, mas apontaram a prioridade do próximo governo: o controle dos gastos públicos. A redução de gastos correntes, analisaram, ajudaria o país a ter mais recursos para investir em obras de infraestrutura. Na análise do presidente executivo da Vale, Roger Agnelli, o sucessor de Lula deverá atuar no controle de gastos. “Isso pode mexer na economia como um todo”, disse. Walter Schalka, presidente da Votorantim Cimentos, reforçou: “Não podemos ficar sustentando a máquina pública. Precisamos de um choque de gestão”.
A questão é mais relevante do que uma eventual mudança no câmbio, avaliou Harry Schmelzer Junior, presidente da WEG. “É preciso ter controle de gastos. Mesmo quando a economia está favorável o governo continua aumentando o custeio. É o problema do governo e Dilma vai ter que mostrar como vai reverter isso.”
Para empresários, ainda não está claro qual candidato está mais identificado com a questão cambial ou com o controle de gastos. Na avaliação de Mario Longhi, CEO da Gerdau Ameristeel, “é muito cedo para saber qual vai ser o posicionamento dos candidatos”. “É preciso saber o que cada um vai defender”, afirmou. Pedro Janot, presidente da Azul Linhas Aéreas, contudo, já definiu o voto e considera que Serra tem perfil adequado para reduzir gastos correntes. “O controle maior do gasto público e a reforma tributária terão que sair. É o que vai desonerar a produção e fazer o Brasil crescer. Serra está mais preparado, tem mais arcabouço para fazer essa mudança”, disse Janot.
A maioria dos empresários disse não ter perspectiva de grandes mudanças no rumo da economia. Seja quem for o sucessor de Lula, deverá manter os eixos básicos da política econômica conduzida pelo governo federal. “Pode girar dez graus para a direita, dez graus para a esquerda, mas não vai mudar muito mais do que isso. O que aconteceu em 2002 não se repetirá. A campanha terá a tranquilidade de 2006″, afirmou Schalka. “A mudança econômica que qualquer um dos candidatos fará será marginal.” Para o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, a “agenda está dada: responsabilidade fiscal, investimento e câmbio flutuante.” Agnelli, da Vale, ressaltou que “o rumo está traçado” e “não haverá mudanças”. Empresários, no entanto, ressalvam que pouco foi dito até agora pelos pré-candidatos sobre o tema.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deve manter a prioridade à formação de grandes conglomerados nacionais, defenderam empresários como Walter Schalka. “O trabalho que (Luciano) Coutinho fez no BNDES foi fantástico. Gerou investimentos e competitividade. Precisamos incentivar esse tipo de ação para ter representatividade maior na economia internacional”, analisou. A estratégia do BNDES, no entanto, não tem consenso. “O banco poderia se voltar para pequenas e médias empresas”, comentou o diretor presidente da Natura, Alessandro Carlucci. “Tem que ter equilíbrio e é preciso contemplar todos os lados”, disse Schmelzer Junior.
O governo Lula, na visão de empresários, acertou ao promover uma política de valorização do salário mínimo, “que ajudou a aumentar o consumo e estimular a economia”, e na criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “A política do salário mínimo é boa e deve ser mantida. É melhor do que o Bolsa Família, que é bom, mas não é sustentável”, comentou Carlucci. Poucos sugeriram mudanças profundas no PAC, principal programa do governo e bandeira de Dilma na campanha eleitoral, mas apontaram que é preciso ter mais “velocidade” e “investimentos” no programa.
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BERTOLD BRECHT.

Elogio da dialética
(Bertold Brecht)

A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.
Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.
Só a força os garante.
Tudo ficará como está.
Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.

No mercado da exploração se diz em voz alta:
Agora acaba de começar:
E entre os oprimidos muitos dizem:
Não se realizará jamais o que queremos!
O que ainda vive não diga: jamais!
O seguro não é seguro. Como está não ficará.
Quando os dominadores falarem
falarão também os dominados.
Quem se atreve a dizer: jamais?l
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".

O JOGO SUJO COMEÇOU!


A guerra já começou e a coisa tá mais feia e mais forte do que pensamos. O candidato tucano José Serra já fez sua aliança suja com os grandes empresários donos da mídia massificadora brasileira. Isso mesmo, aquela que comanda massas e que adora dizer mais de uma vez no mesmo jornal que o candidato Serra está na frente nas pesquisas realizadas até hoje. Comessemos pelo fato do presidente Lula ter 75% de aprovação no seu mandato, isso pesquisas feitas a um tempinho atrás - tudo bem que o candidato a presidente não é o Lula e sim a ex chefe da casa civil Dilma Roussef - o que nos faz pensar então que somos um país muito machista de não acreditar que uma mulher conseguirá administrar bem o país? é isso? Se a candidata promete continuar todos os projetos do atual presidente e com muito mais força como vem dizendo em suas apresentações públicas, ou pelo menos insinuando, já que ainda não pode fazer comícios, o que mais podemos esperar de uma candidata braço forte do presidente Lula a quem tanto confia se não acreditar na mesma? Vamos apoiar o Tucano Serra e acreditar que ele irá continuar também com os projetos atuais porque ele nos passa mais confiança por ser homem? Se as pesquisas estão certas eu não posso deixar de pensar dessa forma. O preconceito também impera. Agora se não, o acordo entre o tucano e os grandes empresários, latifundiários de total direita está forte e com o nó muito bem amarrado. Apontemos duas emissoras totalmente parciais e isso não dá nem pra ficar em dúvida tamanha é a descaração. O jornalista do SBT Carlos Nascimento entrevistou o candidato Serra e fez perguntas tão apaziguadoras que dava até nojo deixando o tucano super a vontade, como se estivesse em casa, para responder suas propostas políticas. Disse que irá continuar com o projeto Bolsa família, mas que vai investir em campo de trabalho para que aqueles que já recebem o dinheiro tenham como não precisar mais do benefício futuramente. Disse também que a violência por começar através do contrabando de armas e de drogas é uma causa do governo federal e que vai pegar pesado com isso. Entre outros blá, blá, blá. Já vimos a direita no poder e não podemos esquecer do descaso pelo os mais pobres, não esqueçamos que o país que não tinha projetos como esses que temos agora como o Bolsa Família, o Proúni, o PAC... Sem falar que o país vem crecendo cada vez mais ganhando muito mais visibilidade lá fora (exterior) nas negociações internacionais. Isso tudo está sendo ponto de partida pra direita. Agora querem voltar, a elite quer voltar ao poder e pegando rabeira nos projetos do presidente Lula. Nada bobo esse Serra heim? Nunca se valorizou tanto as nossas empresas como nessa atual gestão, no entanto, na época de Fernando Henrique (ex presidente de direita) o que mais se tinha era empresas brasileiras sendo vendidas para multinacionais extrangeiras e hoje nós estamos vendo no que isso deu. A Vale do Rio Doce superfaturou, mas não é mais nossa. A antiga telesp, agora atual telefonica, primeira no ranqing do Procon, por causa dos péssimos serviços e abusos de valores, tem nos deixado de "cabelo em pé". Isso é só o começo que lembrei para chorar um pouco o passado da direita. Voltando a mídia, apontemos a outra emissora que não faz questão de mostrar a que veio. A emissora dos latifundiários que odéia o presidente Lula por não pegar pesado com o movimento dos Sem Terra, é ela mesma a Band. O jornalista Bóris Casoy deixa claro, pra um bom entendedor, as suas críticas a candidata Dilma Roussef do PT, e claro repetindo mais de uma vez o avanço do tucano nas pesquisas. Sem falar que as críticas feitas a candidata Dilma não fica só no jornal, programa de humor da mesma emissora (CQC) também faz questão de ridicularizar a petista para que essa seja mal vista e mal interpretada. A mídia elitista vem com tudo para não perder nada do que já tem, pois a intenção é lucrar cada vez mais explorando quem não tem nem pra onde correr. Fiquemos de olhos bem abertos.

quarta-feira, 21 de abril de 2010


O amor... Ah o amor. O amor é uma taça de cristal tão delicada que chega até dar medo de tocar e com a própria aspereza dos dedos chegar a quebrar. É uma instabilidade dentro de uma estabilidade ilusória. Chega a ser um olhar suave mergulhado de azedume. Somos tão frágeis, tão profundamente frágeis que estamos permanentemente presos ao amor, a essa confusão de sentidos, de complementação. É um mergulho no outro onde nossa intimidade mais secreta se mostra apanágio do sofrimento ao mesmo tempo enaltecida.

BRASIL, UM PAÍS DE POUCOS.

Somos o vômito de uma mídia cruel e calculista!!!
A autônomia do brasileiro é roubada por falta de uma educação que seja acessível e de qualidade e por estarmos massificados, "coisificados", somos o fetiche um do outro, engolidos por nossa própria ignorância. A mídia só nos dá o que queremos "religião, futebol e pornografia. Todos os dias a mesma coisa, novela, meia dúzia de notícias conduzidas a um fim e muito desgraça a ser mostrada, a perversão nossa de cada dia mascarada, enaltecida como um encantamento que não nos deixa desvendar seu verdadeiro significado. O massacre do trabalho explorador e de noite a novela para compensar o suor perdido o dia todo, a ilusão de um dia estar no lugar da protagonista rica da novela, sofrimentos noveleiros que nem aos pés chega do sofrimento da operária do dia a dia que se divide em empregada, mãe e esposa. Mais a noitinha uma oração, entrega ao "senhor" ( aquele do céu) suas mazelas, suas dores profundas, seu cansasso e pede como uma desesperada melhorias de vida. Contemplação sempre foi o alvo perfeito de ideólogos carniceiros para arrancar daqueles que já não sabem nem mais o que dar fora o seu sangue, sua saúde, sua vida. Que muro irão construir as crianças pobres desse país, perante tanta ignorância por falta de oportunidade, a não ser continuar fortificando os muros dos seus senhores?

domingo, 18 de abril de 2010

PROGRESSO HUMANO.


Progredimos? O que seria progredir? Tecnologicamente podemos dizer que sim, afinal o que mais temos é progresso nas técnicas. Praticamente quase todos os dias vemos a mídia informar o avanço do progresso tecnológico. Cada vez mais nossa ambição aumenta por novas descobertas para satisfazer nosso ego mesmo que isso dê um prejuizo sem tamanho para o meio ambiênte. O que queremos é lucrar. Queremos também conforto, conforto e mais conforto. Pois confortavelmente não estamos mais perante a exploração tamanha dos recursos naturais. Catastrofes e mais catastrofes surgindo de todos os lugares e nós... Ah!! rsrsrsr... Bom, enquanto não chegar aqui na minha cidade e destruir com o meu precioso conforto eu avanço. A luta pelo progresso não pode parar. Voltamos a falar mais um pouco sobre a palavra progresso. Quero saber se nós seres humanos progredimos. Afinal, o ser humano progrediu? 70 milhoes de mulheres todos os anos morrem por causa do aborto clandestino, 86 paises são contra atos homossexuais dos quais variam entre reclusão, prisão perpétua ou pena de morte "Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela CNT-Sensus aponta que 90,9% dos brasileiros consideram que a violência aumentou nos últimos anos no país. A pobreza e a miséria foram citadas por 24,1% dos entrevistados como as principais causas da violência, seguida pela Justiça falha, tráfico de drogas, leis brandas, corrupção policial e falta de policiamento". O progresso que mais precisamos anda muito lento, quase parando, esse progresso é o progresso humano.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quase no final de tarde!!

Os desejos são assim intensos, dificéis de manipula-los. O corpo nos fala, nos cala.
O outro corpo me afeta e eu cheio de paixões me entrego a uma sombra que se diz perigosa e incompreendida. O espaço me chama para esquecer, o tempo me ordena a ouvir. Vida... uma vida... apenas numa vida eu estou e não em outra. Sou uma outra linguagem, aquela que ninguem entende, aquela que não se faz entender.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Por Michel Onfrey.


Minha proposta é sair da era religiosa e teológica para entrar na era filosófica. É preciso parar de projetar a vida em universos inexistentes para construir a sua existência. Devemos nos contentar com este mundo real, examinar o que podemos fazer de nossas existências nesta vida que é pós moderna, pós industrial, pós fascista, pós comunista e pós cristã, seguramente. O que podemos fazer num período de niilismo? Somente a Filosofia poderá trazer as respostas. Gostaria que os livros de catecismo fossem substituídos, nas escolas, por ateliers de Filosofia, gostaria que todos nós refletíssemos juntos para, pelo menos, provocar a vontade de adquirir conhecimento. Sobretudo para aqueles que ficaram às margens, pois um dia, alguém disse que a Filosofia não era para eles; que ela foi feita para a elite, para a aristocracia e quem não fizesse parte dela, não teria direito a ela. O desejo da filosofia é o desejo da sabedoria, da necessidade de ética, de reflexão e de moral. Almejo uma Filosofia que esclareça, que simplifique sem se empobrecer. Quando me deparo, nos meus cursos da Universidade Popular de Caen, com anfiteatros lotados, com mais de mil pessoas, com transmissão em vídeo no saguão, para aqueles que não conseguiram entrar, eu constato que é possível, que a Filosofia poderá vencer o irracional.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

HUME.


“Em um primeiro momento, sinto-me assustado e confuso com
a solidão desesperadora em que me encontro dentro de minha
filosofia; imagino-me como um monstro estranho e rude que,
por incapaz de se misturar e se unir à sociedade, foi expulso de
todo relacionamento com os outros homens e largado em total
abandono e desconsolo. (...) Expus-me à inimizade de todos os
metafísicos, lógicos, matemáticos e mesmo teólogos; como me
espantar, então, com os insultos que devo sofrer? Declarei que
desaprovo seus sistemas; como me surpreender se expressarem
seu ódio a meu próprio sistema e a minha pessoa?”


(D. Hume. Tratado da Natureza Humana. São Paulo, EDUNESP, 2001)

A CAVERNA!


A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que
projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do
Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As
sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as
imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricadores
de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança
em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que
quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O
prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz
plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o
Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os
outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas
e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem contemplou
a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade
das opiniões nem mover-se com engenho no interior das
aparências e ilusões. Os anos despendidos na criação do instrumento
para sair da caverna são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer
é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A paideia filosófica é
uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligível.
Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina
a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si
mesma a capacidade para ver.


(M. Chauí, Introdução à história da filosofia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2002)

O consumidor não é rei!!!!!

“Na medida em que nesse processo a indústria cultural inegavelmente
especula sobre o estado de consciência e inconsciência de
milhões de pessoas às quais ela se dirige, as massas não são, então, o
fator primeiro, mas um elemento secundário, um elemento de cálculo;
acessório da maquinaria. O consumidor não é rei, como a indústria
cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas
seu objeto. O termo mass media, que se introduziu para designar
a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é
inofensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar, nem
das técnicas de comunicação como tais, mas do espírito que lhes é
insuflado, a saber, a voz de seu senhor. A indústria cultural abusa da
consideração com relação às massas para reiterar, firmar e reforçar
a mentalidade destas, que ela toma como dada a priori e imutável.
É excluído tudo pelo que essa atitude poderia ser transformada. As
massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural, ainda
que esta última não possa existir sem a elas se adaptar.”


(Theodor W. Adorno. A indústria cultural. In: Cohn, Gabriel (org.).
Theodor W. Adorno. São Paulo, Ática, 1996)

Só há interpretações.


Diante do absurdo que é a vida!!! Uma pessoa que sai da caverna não consegue mais voltar. O que me fez sair? Não consigo mais voltar por mais que eu queira, é mais forte que eu. Viver é um ponto de interrogação. Sentir uma sensação atrás da outra e se deparar com o absurdo sempre e sempre... Quanto mais eu fujo, mais me deparo com dogmáticos vomitando suas verdades sobre mim. A estrutura mental de muitas dessas pessoas não segue uma linha de raciocínio, fica claro que não pensam por si, precisam de uma gosma de opinião que ronda por aí. A mesma reportagem que vi ontem a noite na record era muito diferente da reportagem que vi na rede globo,(num assalto, rapaz morre tentando salvar a vida da irmã) mudei de canal, fui para a rede tv, e de repente me deparo mais uma vez com a mesma reportagem modificada. Nietzsche tinha razão não há fatos só interpretações. A linguagem é um ato absurdo.