segunda-feira, 29 de julho de 2013

A presidenta Dima Rosseff responde com segurança e paciência as perguntas torpes da jornalista da Folha.

A entrevista de Dilma: a resposta está na foto










Reproduzo,baixo, a entrevista da Presidenta Dilma Rosseff a Mônica Bergamo, na Folha de hoje. Em outros tempos, teria sido uma ótima entrevista, mostrando uma governante segura, focada e consciente dos rumos de seu Governo e capaz na administração.
Além disso, uma pessoa serena, capaz de suportar as provocações pueiris da entrevistadora – como saber o nome dos ministros e de tê-los feito chorar, com broncas, coisas de uma Ana Maria Braga nem tão”cult” – e de responder de maneira rápida e cortante, sem ser grosseira.
A entrevista é longa – durou três horas, mesmo estando Dilma sob forte gripe – e só isso já se constitui num erro, porque dilui o essencial e reduz a eficácia da comunicação.
Nos dias que estamos vivendo, a peça que resultou da entrevista é insuficiente e não responde ao que o país precisa, de fato, saber de sua governante.
Não toca na principal questão do Brasil, hoje: a ofensiva aberta que existe contra seu Governo e, sobretudo, contra o projeto de desenvolvimento do qual ela representa a continuidade.
Entrevistas, a gente sabe, servem para a gente dizer o que quer e precisa dizer, não para ficar restrito ao que se pergunta.
A presidenta rebate, uma a uma, as críticas que se menciona a seu governo e a seu comportamento pessoal, é verdade.
Mas não ajuda a revelar o porquê destas criticas, o que elas representam e o que as faz serem um coro constante na mídia.
Ou seja, não ajuda a entender o que, de fato, se passa.
Porque o mais importante problema brasileiro, hoje, é a perda de referências.
Referências, como se sabe, são – na Física e nas sociedades humanas – o que nos permite entender a posição e o sentido e direção dos movimentos.
A chave para entender o que se passa está, curiosamente, numa foto que a própria Presidenta tem em sua mesa: quatro crianças pobres de olhos fixos em um televisor.
Se Dilma deu a esta foto um importância especial, ao ponto de colocá-la em sua mesa de trabalho, não deve esquecer o que ela transmite.
É ali que se dá a batalha. E é ali que ela tem de ser travada. E pessoalmente.
Leia a entrevista, na íntegra:
Folha – As manifestações deixaram jornalistas, sociólogos e governantes perplexos. E a senhora, ficou espantada?
Dilma Rousseff - No discurso que fiz na comemoração dos dez anos do PT, em SP [em maio], eu já dizia que ninguém, ninguém, quando conquista direitos, quer voltar para trás. Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social exige mais inclusão. Quando a gente, nesses dez anos [de governo do PT], cria condições para milhões de brasileiros ascenderem, eles vão exigir mais. Tivemos uma inclusão quantitativa. Esta aceleração não se deu na qualidade dos serviços públicos. Agora temos de responder também aceleradamente a essas questões.
Mas a senhora não ficou assustada com os protestos?
Não. Como as coisas aconteceram de forma muito rápida, eu acho que todo mundo teve inicialmente uma reação emocional muito forte com a violência [policial], principalmente com a imagem daquela jornalista da Folha [Giuliana Vallone] com o olho furado [por uma bala de borracha]. Foi chocante. Eu tenho neurose com olho. Já aguentei várias coisas na vida. Não sei se aguentaria a cegueira.
Se não fosse presidente, teria ido numa passeata?
Com 65 anos, eu não iria [risos]. Fui a muita passeata, até os 30, 40 anos. Depois disso, você olha o mundo de outro jeito. Sabe que manifestações são muito importantes, mas cada um dá a sua contribuição onde é mais capaz.
O prefeito Fernando Haddad diz que, conhecendo o perfil conservador do Brasil, muitos se preocupam com o rumo que tudo pode tomar.
Eu não acho que o Brasil tem perfil conservador. O povo é lúcido e faz as mudanças de forma constante e cautelosa. Tem um lado de avanço e um lado de conservação. Já me deram o seguinte exemplo: é como um elefante, que vai levantando uma perna de cada vez [risos]. Mas é uma pernona que vai e “poing”, coloca lá na frente. Aí levanta a outra. Não galopa como um cavalo. Aí uma pessoa disse: “É, mas tem hora em que ele vira um urso bailarino”. Você pode achar que contém a mudança em limites conservadores. Não é verdade. Tem hora em que o povo brasileiro aposta. E aposta pesado.
A senhora teve uma queda grande nas pesquisas.
Não comento pesquisa. Nem quando sobe nem quando desce [puxa a pálpebra inferior com o dedo]. Eu presto atenção. E sei perfeitamente que tudo o que sobe desce, e tudo o que desce sobe.
Mas isso fez ressurgir o movimento “Volta, Lula” em 2014.
Querida, olha, vou te falar uma coisa: eu e o Lula somos indissociáveis. Então esse tipo de coisa, entre nós, não gruda, não cola. Agora, falar volta Lula e tal… Eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi. Ele não saiu. Ele disse outro dia: “Vou morrer fazendo política. Podem fazer o que quiser. Vou estar velhinho e fazendo política”.
Para a Presidência ele não volta nunca mais?
Isso eu não sei, querida. Isso eu não sei.
Ao menos não em 2014.
Esses problemas de sucessão, eu não discuto. Quem não é presidente é que tem que ficar discutindo isso. Agora, eu sou presidente, vou discutir? Eu, não.
Mas o Lula lançou a senhora.
Ele pode lançar, uai.
O fato de usarem o Lula para criticá-la não a incomoda?
Querida, não me incomoda nem um pouquinho. Eu tenho uma relação com o Lula que tá por cima de todas essas pessoas. Não passa por elas, entendeu? Eu tô misturada com o governo dele total. Nós ficamos juntos todos os santos dias, do dia 21 de junho de 2005 [quando ela assumiu a Casa Civil] até ele sair do governo. Temos uma relação de compreensão imediata sobre uma porção de coisas.
Mas ele teria criticado suas reações às manifestações.
Minha querida, ele vivia me criticando. Isso não é novo [risos]. E eu criticava ele. Quer dizer, ele era presidente. Eu não criticava. Eu me queixava, lamentava [risos].
Como a senhora vê um empresário como Emílio Odebrecht falar que quer que o Lula volte com Eduardo Campos de vice?
Uai, ótimo para ele. Vivemos numa democracia. Se ele disse isso, é porque ele quer isso
Folha – Sua principal proposta em reação às manifestações foi a realização de um plebiscito para fazer a reforma política. A crítica à senhora é que ninguém nas passeatas pedia isso.
Dilma Rousseff - Pois acho que tá todo mundo pedindo reforma política. As manifestações podiam não ter ainda um amadurecimento político, mas uma parte tem a ver com representatividade, valores, o que diz respeito ao sistema político. Ao fato de que os interesses se movem conforme o financiamento das campanhas. Não dá para cuidar de transparência sem discutir o sistema. “O gigante despertou”, diziam nos protestos -o que mostra o inconformismo com a nossa forma de representação.
O Congresso Nacional fará reforma contra ele mesmo?
Querida, por isso que eu queria um plebiscito. A consulta popular era a baliza que daria legitimidade à reforma.
Mas a senhora concorda que o plebiscito não sai?
Eu não concordo com nada, minha querida. Eu penso que é importante sair. E não sei ainda se não sai. Eu acho que é inexorável. Se você não escutar a voz das ruas, terá novos problemas.
E a saúde? Os profissionais da área dizem que o Mais Médicos é uma maquiagem porque o país tem uma estrutura precária de atendimento.
É? Pois é. Acontece que botamos dinheiro em estrutura. Jornais e TVs mostram que há equipamentos sem uso. Como você explica que 700 municípios não têm nenhum médico? E que 1.900 têm menos de um médico por 3.000 habitantes? Uma coisa é certa: eu, com médico, me viro. Sem médico, eu não me viro.
Folha — O PMDB engrossou o coro dos que defendem o enxugamento de ministérios.
Dilma Rousseff – Não estou cogitando isso. Não acho que reduza custos. As medidas de redução de custeio, nós tomamos. Todas. E sabe o que acontece? Vão querer cortar os de Direitos Humanos, Igualdade Racial, Política para as Mulheres. São pastas sem a máquina de outros. Mas são fundamentais. Política de cotas, por exemplo: só fizemos porque tem gente que fica ali, ó, exigindo.
A senhora sabe falar o nome de seus 39 ministros?
De todos. E todos eles ficam atrás de mim [risos]. Eu acho fantástico vocês [jornalistas] acharem que, nesse mundo de mídias, o despacho seja apenas presencial. Os ministros passam o tempo inteirinho me mandando e-mail, telefonando, conversando.
O ministro Guido Mantega está garantido no cargo?
O Guido está onde sempre esteve: no Ministério da Fazenda. E vocês podem me matar, mas eu não vou falar de reforma ministerial.
O desemprego em junho subiu pela primeira vez em quatro anos, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Querida, o desemprego… [Consulta papéis.] Olha aqui, ó. É fantástico. Tem dó de mim, né? Como não podem falar de inflação, porque o IPCA-15 [prévia do índice oficial] deu 0,07% neste mês… E nós temos acompanhamento diário da inflação, tá? Hoje deu menos 0,02%. Tá? Ela [inflação] é cadente, assim, ó [aponta o braço para baixo].
E o emprego?
Houve uma variação. Foi de 5,9% para 6%. É a margem da margem da margem. Foram gerados 123.836 empregos celetistas. Em todo o primeiro mandato do Fernando Henrique Cardoso foram gerados 824.394 empregos. Eu, em 30 meses, gerei 4,4 milhões. Você vai me desculpar. Com a inflação, também… Alguém já disse quanto é que caiu o preço do tomate? Ou só comentaram quando o tomate aumentou? [Pede para uma assessora checar os números. Ela informa que o tomate está custando R$ 4,50 o quilo.] Eu não sou dona de casa, não posso mais ir no supermercado e não sei o preço do tomate hoje. Mas sei a estatística do tomate. Teve uma queda, se não me engano, de 16%. Eu ia naquele supermercado ali, ó [aponta a janela]. Não posso mais.
A senhora acha que os críticos do governo exageram?
Eu propus cinco pactos [depois das manifestações]. E eu tenho um sexto, sabe? Que é o pacto com a verdade. Não é admissível o que se faz hoje no Brasil. Você tem uma situação internacional extremamente delicada. Os EUA se recuperam, mas lentamente. Nós temos um ajuste visível na China. O Fed [Banco Central dos EUA] indicou que deixaria o expansionismo monetário, o que provocou a desvalorização de moedas em todo o mundo. E o país, nessa conjuntura, mantém a estabilidade. Cumpriremos a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo. Sabe em quantos anos o Fernando Henrique não cumpriu a meta? Em três dos quatro anos dele [em que a meta vigorou].
A inflação subiu por vários meses no período de um ano.
Nós tivemos a quebra na produção agrícola americana, que afetou os mercados de commodities alimentares. Tivemos uma seca forte no Nordeste e também no sul.
A crítica é que a senhora relaxou no controle da inflação para manter o crescimento.
Ah, é? Tá bom. E como é que ela tá negativa agora?
Há dúvidas também em relação à política fiscal.
A relação dívida líquida sobre PIB nunca foi tão baixa. A dívida bruta está caindo. O deficit da Previdência é 1% do PIB. As despesas com pessoal, de 4,2%, as menores em dez anos. Como é que afrouxei o fiscal? Quero falar do futuro. De agosto até o início do ano que vem, faremos várias concessões, rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, o que vai contribuir para a ampliação dos investimentos e para melhorar a competitividade da economia.
Mas o Brasil cresce pouco.
O mundo cresce pouco. Nós não somos uma ilha. Você não está com aquele vento a favor que estava, não. Nós estamos crescendo com vendaval na nossa cara.
O modelo de crescimento pelo consumo não se esgotou?
É uma tolice meridiana falar que o país não cresce puxado pelo consumo. Os EUA crescem puxados pelo consumo e pelo investimento. Nós temos que aumentar a taxa de investimento no Brasil. Aí eu concordo. Tanto que tomamos medidas fundamentais para que isso ocorra. Reduzimos os juros. Desoneramos as folhas de pagamento. Reduzimos a tarifa de energia. E fizemos um programa ousado de formação profissional, o Pronatec.
Os investimentos estão lentos e isso é creditado ao governo. Os empresários reclamam que a senhora não tem diálogo.
Eu? Veja a agenda de qualquer tempo da minha vida. Participei de todos os leilões, do período Lula e do meu. Entendo que eles [empresários] queiram conversar comigo, como faziam sistematicamente. Mas sou presidente. Eu não posso mais discutir taxa interna de retorno.
É outra crítica: o governo interfere, quer definir até a taxa.
É da vida o empresário pedir mais, o governo pedir menos. Aí ganha no meio. O Tribunal de Contas da União exige a definição de uma taxa de retorno. E o governo tem de ter sensibilidade para perceber quando está errado.
A senhora teria características que não contribuiriam para que projetos deslanchem. Seria centralizadora, autoritária.
Não, eu não sou isso, não. Agora, eu sei, como toda mulher, que, se você não acompanha as coisas prioritárias, tem um risco grande de elas não saírem. É que nem filho. Você ajuda até um momento, depois deixa voar.
A senhora já fez ministros chorarem com suas broncas?
Ah, que ministros choram o quê! Aquela história do [ex-presidente da Petrobras José Sergio] Gabrielli? Um dia escreveram que ele era pretensioso e autoritário. No dia seguinte, que eu tinha brigado e que ele chorou no banheiro. A gente ligava pra ele: “Eu queria falar com o autoritário chorão”. Ô, querida, você conhece o Gabrielli? Ah, pelo amor de Deus.
A senhora não é dura demais?
Ah, querida, eu exijo bastante. O que exijo de mim, exijo de todo mundo.
Isso não inibe ministros?
Não tenho visto eles inibidos, não. Nenhum projeto de governo sai da cabeça de uma pessoa só. Não funciona assim. Se funcionasse, eu tava feita. Não trabalharia tanto.
Uma das questões que Lula encaminhou no fim do governo foi o da regulamentação da radiodifusão no país. A senhora enterrou esse assunto?
Não. Agora, o que eu e Lula jamais aceitaremos é que se mexa na liberdade de expressão. Vou te dizer o seguinte: não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio.
O que acha de o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, ser chamado por críticos de “ministro do Plim-Plim”?
É um equívoco, uma incompreensão. Essa discussão [da regulação] está sempre posta. O [ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social] Franklin [Martins] deixou um legado importante. E agora vai ter mais discussão. A regulação em algum momento terá de ser feita. Mas ela não é igual ao que se pensou há três anos. É algo complexo, até o que deve ser regulado terá de ser discutido.
Por quê?
Hoje o que está em questão não é mais empresa jornalística versus telecomunicações, TV versus jornais. Hoje tem a internet. Tem um problema sério, nos EUA, no Brasil, para jornais escritos, revistas. Vai haver problema de concorrência da internet, da plataforma IP, em TV.
Temos de discutir. Eu não tenho todas as respostas. Todo mundo terá de participar. O Google hoje atrai mais publicidade que mídias que até há pouco eram as segundas colocadas. A vida é dura. E não é só para o governo. [Dilma pede que a conversa seja encerrada, alegando cansaço]. Gente, preciso ir. Estou tontinha da silva [risos].
Ia perguntar sobre seus prováveis adversários em 2014, Aécio Neves e Marina Silva.
[Em tom de brincadeira] Não fica triste, mas sobre isso eu não ia responder, não.
Por: Fernando Brito - Tijolaço.

Fonte: Blog da Dilma.

Paulo Henrique Amorim venceu a batalha mais uma vez. Parabéns Paulo.

Lewandowski suspende indenização de Paulo Henrique Amorim a banqueiro

O ministro Ricardo Lewandowski, presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar que suspende o pagamento de uma indenização no valor de R$ 200 mil pelo jornalista Paulo Henrique Amorim ao banqueiro Daniel Dantas. O banqueiro processou Amorim por dano moral e material ocasionado por publicações no blog Conversa Afiada.
Segundo o Valor Econômico, Amorim entrou com uma ação cautelar no Supremo para tentar suspender a execução provisória de uma decisão da Primeira Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, favorável a Dantas.
Em sua decisão, Lewandowski estendeu ao caso os efeitos de uma liminar parecida, em que o ministro Celso de Mello também suspendeu o pagamento da indenização no valor de R$ 250 mil, resultante de outra ação iniciada na Justiça do Rio.
Dantas entrou com duas ações contra o jornalista alegando danos morais e materiais, e obteve decisões favoráveis em segunda instância. O jornalista diz que cumpriu a função social de informar e comunicar. O pedido de Amorim ainda tem de ser julgado pelo plenário do Supremo. Fonte: Portal da Imprensa.
Fonte: Blog da Dlma

Veja, Folha e Estadão são estão interligados contra o povo. Por isso digo não, não quero.

Estadão apoiou a ditadura até o AI 5, Folha e Veja serviram os militares nos anos mais sangrentos do regime e a Globo foi o principal instrumento de controle social do governo dos generais: o documentário "A imprensa paulista na ditadura (1964-1985)"


Fonte: Blog de  O pensador da Aldeia .


sábado, 27 de julho de 2013

“Chacina da Lapa” será pauta de reunião da Comissão da Verdade.


Publicado em 31 de julho de 2012 às 4:06 pm


Em dezembro de 1976, dois dirigentes do PCdoB foram assassinados pelas forças militares



Por Mario Henrique de Oliveira

A modesta casa na Lapa que foi palco de um sangrento assassinato (Foto: Acervo Público de São Paulo)
A Comissão Da Verdade Municipal Vladmir Herzog voltará a se reunir nesta quinta-feira, 2 de agosto, às 13 horas, na Câmara Municipal de São Paulo, para debater um episódio que ficou conhecido como “Chacina da Lapa”, ou “Massacre da Lapa”, ocorrido em dezembro de 1976. Na ocasião o exercito brasileiro invadiu uma casa na Rua Pio XI, 767, onde estava sendo realizada uma reunião dos dirigentes do PC do B, matando duas pessoas.
A ação por parte das forças ditadoras só foi possível devido a uma traição. As reuniões eram marcadas sem que os próprios participantes  soubessem onde seria o local Eles eram buscados em um ponto marcado e levados de olhos vendados até onde seria realizado o encontro.
No entanto, Jover Telles, foi preso três meses antes e para ficar vivo entregou a reunião, antes mesmo de saber onde ela aconteceria. Os militares então armaram campana e seguiram Telles, descobrindo o local.
Como medida de segurança, as reuniões costumavam durar alguns dias e os participantes iam saindo em duplas. A ação militar teve início quando os militantes começaram a deixar o local. Foram presos e torturados Elza Monnerat, Aldo Arantes, Haroldo Lima, Wladimir Pomar, João Batista Drummond, Joaquim Celso de Lima e Maria Trindade. Drummond foi morto pouco depois, na sede do DOI-CODI – foi alegado que ele teria sido atropelado. O único a não ser preso foi José Novaes, que deixou a casa acompanhado de Jover Telles.
Os últimos a sair eram normalmente os líderes, que os militares acreditavam ser João Amazonas. Invadiram então a casa atirando, sem dar chance de defesa a Ângelo Arroyo e Pedro Pomar, que estava no lugar de Amazonas, então em viagem à China. O corpo de Pomar tinha cerca de 50 perfurações de bala. A polícia política remontou a cena do massacre, colocando armas ao lado dos corpos, e divulgou a falsa versão de que eles haviam sido mortos durante um intenso tiroteio.
Durante a realização da reunião da Comissão da Verdade, serão ouvidos Aldo Arantes e Haroldo Lima, que participaram daquela reunião e depois foram presos e torturados. Eles resgatarão a história deste trágico episódio. Veja também o vídeo abaixo:
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Fonte: http://revistaforum.com.br/spressosp/2012/07/chacina-da-lapa-sera-pauta-de-reuniao-da-comissao-da-verdade/

Milhares de trabalhadores organizados nas ruas não pressiona o governo, mas sim o sistema capitalista. Esse é o caminho.

Centrais sindicais defendem continuidade da luta em torno da Pauta Trabalhista

No 7º Congresso Nacional da Força Sindical, entidades confirmaram a realização de atos contra o PL das Terceirizações, no dia 6 de agosto, e a paralisação nacional do dia 30

26/07/2013



da Redação

Durante a abertura do 7º Congresso Nacional da Força Sindical, na quarta-feira (24), realizado em Praia Grande, litoral paulista, uma plenária de 4 mil pessoas de todas as centrais sindicais aprovou a continuidade das mobilizações em defesa da Pauta Trabalhista.
O evento reuniu os dirigentes de todas as centrais, que confirmaram a realização de atos contra o Projeto de Lei das Terceirizações (PL 4.330), no próximo dia 6 de agosto, em frente às entidades patronais em todo o país, além da paralisação nacional do dia 30.
Os sindicalistas também decidiram, por indicação de Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, pela realização de protestos em frente aos postos do Instituto Nacional do Seguro Social(INSS) no dia 13 de agosto, em todo o Brasil, para pressionar pelo fim do Fator Previdenciário e cobrar aumento nos proventos de aposentados e pensionistas.

Paralisação nacional
A plenária, que reuniu todas as centrais sindicais, aprovou, de forma unânime, a paralisação nacional do dia 30 de agosto, em continuidade à mobilização iniciada com o Dia Nacional de Lutas, no dia 11 de julho. “Se a presidente Dilma não sentar para negociar e atender a pauta de reivindicações dos trabalhadores, o Brasil pode parar em greve no próximo dia 30 de agosto”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A presidenta Dilma Rousseff foi representada por Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego. Ele reconheceu a força do sindicalismo nos movimentos sociais e disse que, para avançar, a democracia precisa de sindicalismo organizado e atuante. “A luta pela pauta trabalhista é louvável. A democracia que vivemos hoje é importante, pois permite ao trabalhador ir às ruas reivindicar suas bandeiras. E é justamente nas ruas que o trabalhador avança e conquista seus direitos”, afirmou o ministro.
O Congresso da Força Sindical termina nesta sexta-feira (26), com a eleição da diretoria da central. Com o tema “Garantir conquistas, mais empregos, direitos e cidadania”, o encontro debateu temas como crise econômica internacional e o colapso do neoliberalismo; economias emergentes, dinamismo econômico e multipolaridade; o debate estratégico sobre os rumos do desenvolvimento brasileiro; lutar para mudar a política econômica; desindustrialização e dificuldades para o crescimento robusto da economia; concluir a transição para uma nova política econômica; governos Lula e Dilma e o diálogo social: um balanço; recuperar o protagonismo do Ministério do Trabalho e Emprego; o combate às práticas antissindicais; a batalha pela Pauta Trabalhista; a agenda do Trabalho Decente e a unidade dos trabalhadores é um elemento positivo e que deve avançar.
Foto: Reprodução

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/14467

Viva la revolucion!

Cuba comemora 60 anos do início da revolução

Oito chefes de estado de países latino-americanos acompanham festejo com o presidente cubano, Raúl Castro

26/07/2013




Acompanhado por chefes de Estado de oito países latino-americanos, o presidente de Cuba, Raúl Castro, liderou nesta sexta-feira (26), na cidade de Santiago, um ato em comemoração pelo 60º aniversário do assalto ao quartel Moncada, considerado o início da revolução no país.
Castro, irmão mais novo de Fidel, assumiu o governo do país em 2006 e têm colocado em vigor uma série de reformas sociais e econômicas, dentre elas o relaxamento das restrições para viagens e a abertura limitada para pequenos negócios e cooperativas privadas.
O evento principal de celebração começou às 7h15 locais (8h15 de Brasília) no antigo Quartel Moncada, que em 26 de julho de 1953 foi alvo da primeira, e fracassada, ação armada de Fidel Castro contra o ditador Fulgencio Bastista. Esse levante, que incluiu além disso o quartel Carlos Manuel de Céspedes, na cidade de Bayamo, e que contou também com a participação do atual presidente, é uma das datas emblemáticas do calendário político cubano ao lado do triunfo revolucionário de 1º de janeiro de 1959, e é celebrado na ilha como o "Dia da Rebeldia Nacional".
Os 60 anos do "26 de julho", como ficou conhecido depois o movimento guerrilheiro de Fidel Castro, reuniu os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; Bolívia, Evo Morales; Nicarágua, Daniel Ortega; o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño; assim como os primeiros-ministros e líderes de quatro países do Caribe insulano: Antígua e Barbuda, Dominica, São Vicente e Granadinas e Santa Lúcia. Uma das presenças mais simbólicas neste ato é a do presidente do Uruguai, José Mujica, ex-guerrilheiro tupamaro que passou quatorze anos na prisão durante a ditadura de seu país.

Discursos
Durante seus discursos, os líderes prometeram solidariedade a Cuba, protestaram contra o "imperialismo" estadunidense e o embargo econômico de Washington, que já dura 51 anos, fizeram elogios ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e disseram que a revolução cubana inspirou levantes armados e políticos em seus próprios países.
"As bandeiras da rebelião de Moncada continuam pertinentes", disse Maduro, cujo país fornece bilhões de dólares por ano em petróleo subsidiado para Cuba. "Cuba, Fidel, Raúl, a revolução cubana, inspiram os povos das nossas Américas e do mundo, acendendo a inextinguível chama da revolução", declarou Ortega.
Cerca de 10.000 pessoas, segundo a imprensa oficial cubana, assistiram ao ato realizado no Quartel Moncada. (com informações do CubaDebate.cu)
Foto: CubaDebate.cu

Fonte:  http://www.brasildefato.com.br/node/14468

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Epa! Parece que existe muito mais coisa escondida debaixo daquele vestido do que possamos imaginar.

De que lado samba o papa?


Duas imagens ainda se confundem. A do papa Francisco, com gestos de humildade e simplicidade, e a do então cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, cúmplice da ditadura argentina, acusado de envolvimento no sequestro de bebês e de colegas jesuítas
25/07/2013

Rejane Hoeveler,
do Rio de Janeiro (RJ)

Num contexto de graves crises ligadas a escândalos sexuais e financeiros no Vaticano – que levaram à renúncia do ultraconservador Joseph Ratzinger (Bento XVI) – a escolha de Jorge Mario Bergoglio, cardeal de Buenos Aires, para ser o novo papa tem a intenção clara de dar uma “cara nova” à última monarquia absolutista da Europa.
Dessa vez, a Igreja se volta claramente para a América Latina, continente com maior número de fiéis católicos do mundo, mas que, além disso, tem vivido um contexto de forte ativação política e social. Em meio a governos que se apresentam como progressistas ou mesmo socialistas, como os da Bolívia e Venezuela, é evidente que a atuação do papa latino-americano tem um papel político.
Independentemente do caráter real desses governos, é fato que surgem em meio a movimentos políticos de massas, em geral com um sentido anticapitalista, apresentando-se como alternativa ao projeto neoliberal.
Neste cenário, o Brasil, além de ser o país com o maior número de católicos, era, até então – ao menos antes das chamadas “jornadas de junho” – o país mais “calmo” da região, apresentado como exemplo de “estabilidade” face ao que tem sido chamado de bolivarianismo.

Papa dos pobres”?
Assim que Bergoglio foi escolhido papa, toda a grande mídia internacional passou a construir uma imagem de um papa “simples” e “humilde”, que “dispensa luxos” – parece esquecer que, ainda assim, é o administrador de uma das maiores fortunas do mundo, beneficiária de diversos privilégios que ferem frontalmente o princípio da laicidade do Estado (com ativos que ultrapassam 5 bilhões de dólares, sem contar obras de arte e construções de valores os quais é impossível estimar).
Alguns importantes expoentes do pensamento cristão crítico, e inclusive ligados historicamente aos movimentos sociais, como Leonardo Boff e Frei Betto, depositaram esperanças na escolha do argentino. E a própria escolha do primeiro latino-americano foi saudada por parte desses setores como sinal de uma mudança dentro da Igreja.
Recentemente, Boff inclusive chegou a ligar algumas posturas do novo papa à Teologia da Libertação, embora tenha admitido que ele nunca foi ligado a esta corrente de esquerda, que teve influência muito importante numa América Latina sacudida por golpes militares.
Mas, será mesmo Francisco “o papa dos pobres”? Será que atitudes como dispensar uma suíte, almoçar no refeitório dos funcionários, e trocar a cruz de ouro pela de prata são demonstrações suficientes de uma “opção pelos pobres”, tal como vem sendo propagandeado?

Antes de ser Francisco
É preciso ir além das aparências. Pois seria mero detalhe o fato de que seus patrocinadores sejam conglomerados capitalistas como Bradesco, Santander, Estácio, Nestlé, TAM, Itaú e McDonald’s? – este último, aliás, lanchonete oficial do evento apesar de desrespeitar sistematicamente os direitos trabalhistas de seus funcionários?
Jorge Mario Bergoglio - Foto: Stella Calloni/La Jornada
Para tanto, há de se levar em conta como o atual “bispo de Roma” atuava politicamente enquanto cardeal de Buenos Aires. Em 2010, foi líder de uma frente conservadora contra a aprovação da união civil entre homossexuais – classificada por ele como um “projeto do diabo”.
Opositor ferrenho da descriminalização do aborto, Bergoglio é defensor assíduo do velho conservadorismo que relega à mulher um papel de submissão e que condena a homossexualidade. Do ponto de vista moral, portanto, representará uma continuidade das posições conservadoras da Igreja Católica. Além disso, Bergoglio sempre teve ligações com a oposição de direita aos governos Kirchner, tendo inclusive se comprometido explicitamente com o recente paro agrário – um lockout patronal, realizado por grandes proprietários de terra para pagar menos impostos, “denunciando” supostas articulações dos governos de Néstor e Cristina Kirchner com o “chavismo”, encarado por este setor como adversário político.
Em sua defesa, Boff argumenta que o cardeal de Buenos Aires teria se indisposto com Cristina porque teria lhe cobrado “mais empenho político para a superação dos problemas sociais”.

Cumplicidade com a ditadura
O passado político de Bergoglio tem ainda outras obscenidades. Segundo os historiadores Gilberto Calil e Marcos Vinícius Ribeiro, “a cumplicidade com a ditadura foi compartilhada por toda a alta hierarquia católica argentina (o que naturalmente não exime a responsabilidade individual de cada bispo)”.
Uma das denúncias partiu de Estela de la Cuadra, irmã de Helena, uma militante grávida de cinco meses que, sequestrada pela ditadura, teve sua filha roubada de dentro de uma delegacia.
Estela é uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio, organização fundada para encontrar descendentes de militantes e dissidentes da ditadura militar argentina, que tiveram seus filhos raptados pelo Estado e dados a outras famílias, naquele que é um dos maiores dramas da história recente na Argentina.
A um tribunal encarregado de julgar esse caso, Bergoglio disse que só teria tido notícia dos sequestros muitos anos depois. Todavia, segundo Estela, Bergoglio foi procurado logo após o sequestro, e na ocasião, ele teria dito que a criança “estava com uma boa família, que cuidaria muito dela”.
O “Movimento de Famílias Cristãs”, diretamente subordinado à Igreja, esteve fortemente envolvido com a distribuição de bebês de militantes e dissidentes presos ou mortos na Argentina, e são inúmeras as comprovações de que toda a cúpula da Igreja argentina colaborou com o golpe militar de 1976, que levou ao poder o general Videla.
Bergoglio, então cardeal, conversa com a presidenta argentina Cristina Kirchner - Foto: Reprodução
O sequestro de dois jesuítas
Porém, a denúncia talvez mais notável, proveniente de vários religiosos argentinos, se refere à cumplicidade de Bergoglio no caso de Francisco Jalic e Orlando Yorio – dois padres pertencentes à ordem dos jesuítas, que realizavam trabalhos de alfabetização e assistência na periferia de Buenos Aires, estes sim fortemente influenciados pela Teologia da Libertação.
Em março de 1976, foram expulsos por Bergoglio da ordem dos jesuítas e da Igreja sob a justificativa de conflito de obediência – o que, além de deixá-los totalmente desprotegidos, ainda justificava possíveis perseguições posteriores.
Dois meses depois disso, os padres foram sequestrados e torturados por meses na Escola Superior da Marinha (ESMA), um dos maiores centros de tortura da ditadura argentina. Bergoglio teve que responder na justiça pelas acusações formais sustentadas por Graciela Yorio, irmã de Orlando, segundo a qual, depois do sequestro, os dois padres teriam pedido ajuda a Bergoglio, o qual, porém, se recusou a sequer falar sobre o assunto.
Para ela, não há dúvidas que Bergoglio esteve envolvido no sequestro. Horácio Verbitsky, reconhecido jornalista e um dos mais conhecidos estudiosos da ditadura argentina, revelou uma série de documentos que incriminam Bergoglio em mais de uma ocasião (acessível em http://iglesiaydictadura.wordpress.com/tag/bergoglio/).

Convite indecente
Quando as denúncias em relação ao passado do novo papa saíram na imprensa internacional, nem Bergoglio nem o Vaticano deram explicações. Segundo Calil e Ribeiro, “ao mesmo tempo em que repudiava as denúncias contra Bergoglio como obra da ‘esquerda anticlerical’, o Vaticano enviava um convite para a cerimônia de coroação do papa Francisco a Carlos Pedro Blaquier, dono do engenho Ledesma, processado pelo sequestro e desaparecimento de 29 dirigentes sindicais e trabalhadores de sua empresa durante a ditadura”.
O convite enviado a ele ainda dizia: “Representas um dos setores mais pujantes do país, que fez esta revolução agrícola e industrial, modelo internacional e celeiro para o mundo”. É muito simbólico que um dos convidados de honra do novo papa seja, além de latifundiário, um dos empresários mais fortemente ligados à ditadura argentina.
Na Igreja, Francisco é apontado como capaz de promover uma conciliação entre “progressistas” e conservadores; aqui, trata-se de promover a conciliação social e política. Como diz a música, o papa pode até “ser pop”, mas ainda restam muitas dúvidas se realmente, ao deixar Bergoglio para trás, o papa está ao lado do povo explorado e oprimido ou daqueles que governam este mundo desigual e opressor. E enquanto isso, segue solta a Santa Inquisição das manifestações.
Foto: Tânia Rêgo/ABr

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/14459

A única diferença é que o papa Francisco usa vestido e o pastor Feliciano usa calças.

Papa é um Feliciano com muito mais poder e o apoio da Globo

por Lino Bocchini publicado 23/07/2013 14:49, última modificação 23/07/2013 16:34

Homofobia, machismo, apego ao dinheiro, religião interferindo no Estado. Os motivos que inspiram o “Fora Feliciano” se aplicam ao papa. Com o agravante de que ele é bem mais poderoso
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No Jornal Nacional, fiel chora de emoção ajoelhada diante do microfone da Globo
Os evangélicos estão sendo injustiçados. O tsunami de críticas que atingiu Marco Feliciano, Silas Malafaia e demais líderes evangélicos fundamentalistas se aplica ao papa Francisco e à Igreja Católica. Explico: as mesmas bandeiras conservadoras levantadas pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso estão no centro da atuação da igreja católica há séculos. E o argentino Mario Bergoglio, agora chamado de Francisco, comunga destes ideais e não se mostra disposto a alterá-los. Pelo contrário.
Vamos por partes:
Primeiro, a homofobia
Muito se reclamou da atuação de Feliciano contra os direitos fundamentais dos homossexuais. A coleção de frases e a atuação do pastor não deixam dúvidas quanto à sua posição. Como é sabido, a igreja católica igualmente condena a homossexualidade, e considera pecado o amor da população LGBT.
O próprio Francisco, pessoalmente, demonstra preocupação com o que chama de “lobby gay” no Vaticano. Conforme revelou o site católico Reflexión y Liberación, o pontífice afirmou o seguinte em uma audiência recente com a diretoria da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos: “Na Cúria há gente santa de verdade. Mas também há uma corrente de corrupção, é verdade. Fala-se de lobby gay, e é verdade, ele está aí... temos que ver o que podemos fazer”.
Segundo, os direitos da mulher
Em entrevista para o livro “Religiões e política”, o deputado do PSC-SP afirmou o seguinte: “Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo; [assim] você destrói a família, cria-se uma sociedade só com homossexuais, e essa sociedade tende a desaparecer, porque ela não gera filhos”.
A igreja católica sempre tratou a mulher de forma diferenciada. A começar pelo fato de que elas não podem ser ordenadas. Aos homens (padres) cabe orientar os fiéis, ditar os rumos da igreja e do mundo. Às freiras cabem tarefas como cuidar dos enfermos e necessitados e, por exemplo, cozinhar, lavar e passar para o “homem simples de fala mansa” que está entre nós.
Mais: estão sendo distribuídas 2 milhões de cópias de um Manual de Bioética (em PDF) durante a visita do papa ao Brasil, sendo quase a metade da tiragem a versão em português, segundo informações da Confederação Nacional de Bispos Brasileiros. De suas 72 páginas, praticamente a metade traz pilhas de informações “científicas” e julgamentos morais contra o aborto. O restante divide-se entre a condenação de pesquisas com células-tronco, a condenação da inseminação artificial e a condenação da eutanásia.
O direito sobre o próprio corpo, uma questão que o movimento feminista do mundo todo considera vital desde a década de 1960, é classificado como “crime” em diversos pontos do texto. De acordo com o manual, mesmo em caso de estupro ou de inviabilidade do feto, a interrupção da gravidez não pode ser sequer aventada: “O direito de matar o próprio filho não pode ser fonte de liberdade nem de realização pessoal”. Todos os métodos contraceptivos, pílula e DIU inclusive, são considerados abortivos e criminosos.
Em terceiro lugar, o apego ao dinheiro
Causou espécie um vídeo que circulou recentemente, no qual o pastor Marco Feliciano pedia a senha de um cartão de crédito para um fiel, dizendo que, caso a senha não fosse revelada, “o milagre não viria”. Costuma ser igualmente criticada a cobrança do dízimo por parte de igrejas evangélicas –como se a igreja católica não o fizesse.
Tudo isso, contudo, é esmola perto do patrimônio misterioso e incalculável da igreja católica. A revista Exame fez uma reportagem bastante reveladora sobre o Banco do Vaticano. Entre diversos casos de lavagem de dinheiro, escândalos sexuais, corrupção e má administração relatados pela publicação, destaco uma informação: o banco gere cerca de 6 bilhões de euros em ativos. Vou repetir: 6 bilhões de euros.
Isso sem contar as milhares de propriedades da igreja católica ao redor do globo todo. Não sou um estudioso do cristianismo, mas acredito que valores como ajuda ao próximo, desapego e amparo aos pobres não combinam com a acumulação de fortunas dessa grandeza. Mesmo que o chefe da instituição prefira andar num fiat “sem luxo” e dormir num “quarto simples”.
Em quarto lugar, a promiscuidade com o poder público
Muito se critica Feliciano e a bancada evangélica por usarem o poder público que detêm para obter vantagens para suas instituições. O que afronta o conceito de estado laico. O catolicismo faz o mesmo.
O amplo uso de estruturas e verbas públicas durante a visita de Francisco; o mesmo lobby para isenções fiscais e outras benesses financeiras; a mesma submissão dos governantes (de Dilma ao vereador de Pindamonhangaba). Mais: há crucifixos em repartições públicas (desrespeitando os evangélicos, inclusive) e mensagens religiosas nas notas de dinheiro, que são um símbolo nacional. E por aí vai.
(Parênteses: pedofilia)
Aqui não há o paralelo com Feliciano, mas vale lembrar das inúmeras acusações de abuso sexual contra padres no mundo inteiro, muitas cometidas contra menores e encobertas pelo Vaticano. A situação é tão grave que a ONU pediu, agora no começo de julho, esclarecimentos sobre os crimes cometidos por padres em todo mundo. Como o vaticano é membro das Nações Unidas e tem a falta de transparência como uma de suas marcas, a ONU quer saber o que a Igreja Católica têm feito de efetivo contra os criminosos que foram descobertos em suas fileiras.
Por fim, o apoio da mídia
Aqui, uma das maiores injustiças com Marco Feliciano. O pastor é hostilizado por todos, TV Globo inclusa. Suas posições, conforme demonstrado, são irmãs siamesas das defendidas por Francisco e pela religião que comanda. E dos dogmas vindos de Roma ninguém reclama.
Pior: a maior TV do país (bem como quase todos os outros veículos de imprensa) ajoelha-se ao mandatário da tv católica. E não acredito ser esta uma decisão baseada somente pela audiência. A missa de domingo está na grade da Globo há décadas --atualmente é celebrada ao vivo pelo Padre Marcelo. E a emissora, apenas recentemente, de olho na perda de audiência e de dinheiro, começou um flerte institucional com os evangélicos, inaugurado com o festival de músicas gospel Promessas.
Pare finalizar, deixo vocês com algumas frases do primeiro bloco do Jornal Nacional desta segunda-feira. Tentem imaginar Marco Feliciano ou qualquer outro líder evangélico sendo tratado desta forma pelo noticioso visto por quase metade da população brasileira toda noite:
“De papamóvel, fez um passeio que vai ficar na memória dos fieis”
“Distribuiu simpatia”
“Mais perto do povo, do jeito que o papa Francisco gosta”
Fiel: “Foi um presente de Deus, eu consegui estar perto dele e pude constatar que ele realmente é esse pastor humilde, amigo do povo e que veio pra resgatar mais fieis pra igreja católica”
“Deixou uma legião de fieis encantados”
“Santo, abençoado, humilde... os elogios vão brotando”
Fiel: “Ele é gente como a gente”
“A cada esquina ele faz novos amigos”
“Os gritos pareciam saídos de um show de rock”
“Se fosse só isso, já valeria a pena, e o papa Francisco acabou de chegar”.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-lino

" Só o conhecimento traz o poder" Freud.


SOBRE O MANIFESTO.



O Manifesto nos explica a situação da luta de classe, nos aponta a exploração da burguesia através do trabalho assalariado, além de mostrar de maneira grandiosa os mecanismos de defesa que essa classe dominante descaradamente se utiliza para vencer a batalha como, por exemplo, a própria jurisdição. O direito a liberdade é o direito da liberdade burguesa. O direito da justiça é o direito da justiça burguesa. E a fraternidade são as migalhas que os burgueses agindo de forma “caridosa” oferecem aos pobres, aqueles mesmos excluídos que estarão em suas empresas no dia seguinte sendo explorados e só reconhecendo o caminho de casa para o trabalho e do trabalho para casa.

O legado de Karl Marx é tão inerente a vida que é impossível fugir dele. Mesmo estando alienado você sente na pele o peso do que diz Marx.

Desassossego.



[Não escrevo] por amor, mas por desassossego. Escrevo porque não gosto do mundo em que vivo.
                                                                                                               José Saramago.

POLÍCIA PACIFICADORA? ACHO QUE NÃO É BEM ESSE NOME QUE ESSE TIPO DE POLÍCIA DEVE TER.

Após 10 dias, desaparecimento de morador da Rocinha segue sem esclarecimento

Amarildo de Souza desapareceu no dia 14, após ser abordado por policiais de UPP. Mutirão de moradores e amigos realiza buscas na comunidade para tentar encontrá-lo
24/07/2013
da Redação

Ainda não há respostas sobre o paradeiro do ajudante de pedreiro, Amarildo de Souza, 47 anos, desaparecido no domingo (14), após ser abordado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ).
Também conhecido como Boi, Amarildo nasceu e foi criado na comunidade, onde também cria os seis filhos com a mulher Elizabeth Gomes de Souza. Segundo ela, a última vez que viu o marido, ele estava sendo levado pelos policiais. “Então, eles [os policiais] disseram que já, já ele retornaria para casa e que não era para a gente esperar lá na sede do Parque Ecológico. Fomos para casa e esperamos a noite inteira. Depois, meu filho procurou o comandante, que disse que Amarildo já tinha sido liberado”, disse.
Os relatos de alguns moradores jogam suspeita sobre alguns agentes da UPP. Segundo eles, um dos policiais presentes na abordagem implicava com Amarildo e sua família. “Esse policial é ruim, gosta de humilhar os pobres daqui”, contou um dos homens que acompanharam prisão.
No sábado (20), o tenente-coronel Paulo Henrique de Moraes, coordenador de Polícia Pacificadora, informou que os quatro policiais que levaram o pedreiro Amarildo até a UPP “antes de ele ser liberado” estão afastados e farão curso de reciclagem.
No último domingo (21), moradores e amigos realizaram um protesto silencioso próximo à UPP na comunidade. Além disso, um mutirão de moradores tem feito buscas no morro para tentar encontrá-lo.
O sumiço do carioca também tem movimentado o Twitter e Facebook com a hashtag #OndeEstaAmarildo. Nesta quarta-feira (24), inclusive, após 10 dias do desaparecimento, um tuitaço foi convocado a partir das 15 horas. Durante a tarde, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), recebeu seus familiares e ofereceu à eles a entrada em programa de proteção.
Na quinta-feira (25), às 15h30, um novo ato será realizado no Posto 12, no Leblon. Neste mesmo dia, serão recolhidas doações e mantimentos para a família do pedreiro que passa por necessidades.
Foto: Antônio Carlos Costa/Reprodução

Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/14448

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Presidente da CBF homenageou Sérgio Paranhos Fleury o torturador mais famoso do país na época da ditadura no Brasil.


29/04/2013 8:41 pm
Áudio mostra Marin elogiando Fleury, torturador da ditadura
Em dois discursos feitos em um espaço de um ano, presidente da CBF atacou o jornalismo da TV Cultura, dirigido à época por Vladimir Herzog, e homenageou Sérgio Paranhos Fleury.
Por Igor Carvalho

José Maria Marin, presidente da CBF, discursou contra o jornalismo da TV Cultura antes de Herzog ser assassinado (Foto: José Cruz/ABr)
O deputado estadual paulista Adriano Diogo (PT) divulgou dois áudios, descobertos pelo parlamentar, com discursos proferidos pelo atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, em 1975 e 1976.
Nos áudios, dois fatos chamam a atenção. Primeiro, a ofensiva contra o departamento de jornalismo da TV Cultura, dirigido à época pelo jornalista Vladimir Herzog, torturado até a morte no DOI-CODI, em São Paulo, em 1975. Além disso, pode-se ouvir em um dos discursos uma homenagem pública feita pelo então deputado estadual Marin ao ex-delegado do Dops, Sérgio Paranhos Fleury.
No primeiro áudio, o deputado Wadi Helu alerta para a “infiltração dos elementos subversivos e dos elementos de esquerda no canal dois.” Para o parlamentar, a TV Cultura “enaltece e procura dar foros de grandiosidade a líderes de esquerda de outros países, que vem desgraçando outros povos.”
Em seguida, Marin pede a palavra e concorda com as acusações feitas por Helu. “Vem pregando apenas fatos negativos, não se vê nada do aspecto positivo, apresentando miséria, apresentando problemas e sem apresentar, inclusive, soluções. Nessas condições, me congratulo com o senhor”, afirmou o atual presidente da CBF sobre a TV Cultura.
Marin ainda pediu que o governador tomasse uma providência, para que a “tranquilidade volte a reinar não só nessa casa, mas principalmente nos lares paulistanos.”
A divulgação dos áudios trouxe o nome de Marin para a discussão sobre seu papel na perseguição a Herzog, que faleceu no intervalo entre o primeiro áudio, que contesta o jornalismo da TV Cultura, e o segundo, quando Fleury é homenageado pelo presidente da CBF.
José Maria Marin se dirige ao delegado Sérgio Fleury como um homem “com uma vocação das mais raras e elogiáveis no cumprimento de seu dever como polícia” e finaliza afirmando que o militar é “motivo de orgulho para a população de São Paulo.”
“Conversa Pública”
Ivo Herzog, filho jornalista Vladimir Herzog, acusa Marin de participar da prisão de seu pai. Em entrevista, no último dia 28 de março, desafiou o presidente da CBF. ““Se ele quiser conversar publicamente, tenho cinco perguntas para fazer.”
Vladimir Herzog foi levado para depor no DOI-Codi para explicar “influências comunistas” no jornalismo da TV Cultura, só saiu de lá morto.


Fonte: http://revistaforum.com.br/blog/2013/04/audio-mostra-marin-elogiando-fleury-torturador-da-ditadura/

Folha financiava operações na ditadura e Frias visitava o DOPS, conta ex-delegado.

24/04/2013 12:02 pm
Cláudio Guerra afirmou que os recursos vinham de bancos e de empresas, como a Ultragas e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias visitava o DOPS, era amigo pessoal de Fleury”

Do portal Terra, via Viomundo
O ex-delegado da Polícia Civil Claudio Guerra afirmou nesta terça-feira, à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, que foi o autor da explosão de uma bomba no jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1980, e afirmou que a ditadura, a partir de 1980, decidiu desencadear em todo o Brasil atentados com o objetivo de desmoralizar a esquerda no País.
“Depois de 1980 ficou decidido que seria desencadeada em todo o País uma série de atentados para jogar a culpa na esquerda e não permitir a abertura política”, disse o ex-delegado em entrevista ao vereador Natalini (PV), que foi ao Espírito Santo conversar com Guerra.
No depoimento, Guerra afirmou que “ficava clandestinamente à disposição do escritório do Sistema Nacional de Informações (SNI)” e realizava execuções a pedido do órgão.
Entre suas atividades na cidade de São Paulo, Guerra afirmou ter feito pelo menos três execuções a pedido do SNI. “Só vim saber o nome de pessoas que morreram quando fomos ver datas e locais que fiz a execução”, afirmou o ex-delegado, dizendo que, mesmo para ele, as ações eram secretas.
Guerra falou também do Coronel Brilhante Ustra e do delegado Sérgio Paranhos Fleury, a quem acusou de tortura e assassinatos. Segundo ele, Fleury “cresceu e não obedecia mais ninguém”. “Fleury pegava dinheiro que era para a irmandade (grupo de apoiadores da ditadura, segundo ele)”, acusou.
O ex-delegado disse também que Fleury torturava pessoalmente os presos políticos e metralhou os líderes comunistas no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em 1976.
“Eu estava na cobertura, fiz os primeiros disparos para intimidar. Entrou o Fleury com sua equipe. Não teve resistência, o Fleury metralhou. As armas que disseram que estavam lá foram ‘plantadas’, afirmo com toda a segurança”, contou.
Guerra disse que recebia da irmandade “por determinadas operações bônus em dinheiro”. O ex-delegado afirmou que os recursos vinham de bancos, como o Banco Mercantil do Estado de São Paulo, e empresas, como a Ultragas e o jornal Folha de S. Paulo. “Frias (Otávio, então dono do jornal) visitava o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), era amigo pessoal de Fleury”, afirmou.
Segundo ele, a irmandade teria garantido que antigos membros até hoje tivessem uma boa situação financeira.
‘Enterrar estava dando problema’
Segundo Guerra, os mortos pelo regime passaram a ser cremados, e não mais enterrados, a partir de 1973, para evitar “problemas”. “Enterrar estava dando problema e a partir de 1973 ou 1974 começaram a cremar. Buscava os corpos da Casa de Morte, em Petrópolis, e levava para a Usina de Campos”, relatou.

Fonte: http://revistaforum.com.br/blog/2013/04/folha-financiava-operacoes-na-ditadura-e-frias-visitava-o-dops-conta-ex-delegado/

terça-feira, 23 de julho de 2013

Comissão da Verdade tem que investigar a Globo.

Por Miguel do Rosário, no Tijolaço

A Comissão da Verdade está em crise. Dos sete integrantes nomeados por Dilma, dois já desistiram, e a comissão tem se notabilizado por um burocratismo excessivo, falta de transparência e, sobretudo, ausência de uma estratégia de comunicação, fundamental para que se transforme em algo realmente instrutivo e producente.
Entretanto, talvez o principal entrave a bloquear os trabalhos da Comissão seja a sua falta de vontade de investigar o papel da mídia na ditadura. Morando no Rio, perto do centro, eu tive o privilégio de frequentar a Biblioteca Nacional e ler as edições dos principais jornais brasileiros nas semanas que antecederam o golpe militar. Houve uma construção deliberada, de jornais como O Globo, a Folha e o Estadão, para criar uma atmosfera de golpe. Há inúmeros estudos que revelam a articulação, muitas vezes patrocinada por agências norte-americanas, para orientar a mídia brasileira numa direção antitrabalhista, antinacional e antigoverno.
Nacionalismo e trabalhismo, no Brasil, sempre estiveram associados à esquerda, visto que nossa direita é, historicamente, vendida ao imperialismo americano.
A Comissão não pode ser usada apenas para culpar velhinhos de noventa anos que torturaram subversivos quarenta anos atrás. Estes deveriam sim ser condenados, como fizeram nossos vizinhos. Mas os tubarões, aqueles que efetivamente contribuíram para o golpe, foram grandes empresas, com ênfase nas empresas de mídia. O Brasil precisa conhecer a maneira pela qual essas empresas se consolidaram e assumiram uma posição hegemômica no setor de comunicação social. A concentração da mídia e do mercado de publicidade é um fenômeno mundial, que aconteceria com ou sem ditadura. Mas com a ditadura, ele se deu de maneira muito mais brutal, com artificialismo e enorme interferência estrangeira.
A Comissão investigará, por exemplo, o apoio dos Estados Unidos às Organizações Globo, antes e depois da ditadura? Se quiser se conhecer a si mesmo, o Brasil precisa enfrentar essas questões. Não por revanchismo, mas por razões acadêmicas, históricas e políticas. O Brasil merece a verdade. O Brasil merece saber, em detalhes, de que lado a Globo ficou quando a democracia brasileira foi brutalizada, e de que lado permaneceu enquanto ela foi torturada.
Seguramente há muitas histórias de corrupção por trás da consolidação do império global durante o regime, que nossos jovens precisam conhecer. Até para que as novas gerações não cometam os mesmos erros das antigas, de se deixarem levar por campanhas midiáticas agressivas, moralizantes, de cunho antidemocrático.
A Comissão da Verdade, se não quiser ser conhecida como Comissão da Covardia, precisa responder às ruas, que estão gritando:

A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura!

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Fonte: Revista Fórum.

Ateus e agnósticos protestam contra gastos públicos na recepção ao papa

Com um secador de cabelos, membros da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea)  promoveram um “desbatismo” em frente à Catedral da Sé, centro da capital paulista.


Por Daniel Mello, da Agência Brasil
O “desbatismo” foi marcado via Facebook (Reprodução) Membros da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) protestaram hoje (22) contra os gastos públicos para recepção do papa Francisco e realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil. Com um secador de cabelos, eles promoveram um “desbatismo” em frente à Catedral da Sé, centro da capital paulista. Após secar simbolicamente a água do sacramento do batismo, a pessoa recebia um certificado de participação no ato. “Podemos receber o papa, mas isso não significa que temos de gastar R$ 850 mil em uma recepção para ele, que os aviões da FAB [Força Aérea Brasileira] tenham de ir até o Vaticano para buscar o jipe dele”, disse o presidente da Atea, Daniel Sottomaior. Ele criticou também o fato de a prefeitura do Rio de Janeiro ter decretado quatro dias de feriado, dois deles parciais, por causa da visita do pontífice. Para Sottomaior, os gastos com a vinda do pontífice são um exemplo de como a laicidade (doutrina ou sistema que preconiza a exclusão das igrejas do exercício do poder político e administrativo) do Estado é desrespeitada no Brasil. “As autoridades sempre fizeram isso nesses 120 anos de República, pondo símbolos religiosos nas repartições públicas, pondo [a frase] ‘Deus seja Louvado’ no dinheiro, dando dinheiro para as religiões. Todos nós somos católicos e evangélicos à força, com a imunidade tributária que as igrejas recebem”, afirmou. O professor Marcelo Carvalho ficou sabendo do protesto ao ouvir as críticas de uma apresentadora de TV ao ato. Ele destacou que também não é contra a recepção ao papa Francisco, mas acha que a festa não deveria envolver dinheiro público. “É mais o gasto público com a vinda dele, não necessariamente a vinda dele”, ressaltou Carvalho.
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Fonte: Revista Fórum.