sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Guerrilheiras das FARC


por Miguel Urbano Rodrigues.
Fala-se e escreve-se muito dos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia -- quase sempre para os caluniar -- e pouco das guerrilheiras. A maioria dos europeus ignora que milhares de mulheres combatem nas 60 Frentes em que as FARC lutam naquele país.

Conheci muitas em 2001, nas semanas vividas num acampamento amazónico da organização revolucionaria.

Como transmitir no breve espaço de uma crónica, o que em mim ficou do contacto com essas guerreiras de novo tipo?

Encontrei ali moças tão diferentes que seria redutor o esforço para esboçar o choque emocional provocado pelo descobrimento das combatentes das FARC. De comum entre elas apenas a coragem, a capacidade de adaptação a condições de vida duríssimas e uma confiança total na justiça da luta das FARC e na vitoria final, sem data.

No meu acampamento somente uma não tinha companheiro. Apenas Eliana ultrapassara os 40. A maioria não atingira os 25 anos. A ética da guerrilha impunha normas que eram respeitadas. Se dois namorados pretendiam estabelecer uma relação amorosa informavam o comandante. A infidelidade não era tolerada pelo código da guerrilha. A pareja era autorizada a dormir na mesma caleta, o estrado-cama que, sob um toldo de plástico, na grande floresta, fazia as vezes de casa. O regulamento proibia também que os guerrilheiros, homens ou mulheres, mantivessem relações sexuais com hospedes das FARC.

Mas não havia moralismo. Se um casal decidia pôr termo à relação comunicava essa decisão ao comandante. O gesto consumava a separação.

As mulheres realizavam os mesmos trabalhos que os homens, desde o treino militar à abertura das latrinas. Iguais direitos, tarefas idênticas.

O quotidiano dos acampamentos não permitia a privacidade a que hoje estamos acostumados na vida quotidiana. Na selva, infestada por transmissores de doenças perigosas, o banho diário é imprescindível à defesa da saúde. As mulheres banhavam-se no rio ao lado dos homens numa atmosfera de camaradagem e respeito que me impressionou. Elas de calcinhas, eles de cuecas. As normas do pudor, tal como as conhecemos, não podiam funcionar ali. Mas nunca, nem nos olhares nem nas palavras testemunhei atitudes da qual transparecesse um comportamento machista.

Elas, tal como eles, tinham diferentes origens sociais. Algumas tinham vindo de grandes cidades, outras dos llanos ou dos vales quentes, outras ainda das terras frias da Cordilheira. A origem social transparecia mais no diálogo do que no comportamento, porque raparigas de famílias camponesas haviam adquirido uma sólida formação ideológica.

Para surpresa minha quase todas eram bonitas.

Na Aula – o lugar onde à noite o colectivo da guerrilha se reunia para assistir a palestras e debater o tema com o «professor» convidado – tive a oportunidade de falar mais demoradamente com algumas que mal conhecia, como a Adriana e a Jenny.

O meu trabalho exigiu contactos muito frequentes com quatro: a Gloria, a Eliana, a Yurleni e a Isabel.

Glória era a secretária sem titulo do comandante Raul Reyes. De origem pequeno burguesa, adquirira uma formação marxista ampla, pouco comum. Era a responsável pelos computadores e pelas transmissões por radio, serviços instalados num «escritório» que se diferenciava das caletas apenas pela sua maior dimensão. Enviava mensagens codificadas e decifrava as recebidas. A sua intimidade com o mundo da informática fazia de mim um aprendiz bisonho.

Era muito bonita e nem o uniforme lhe afectava a feminilidade. Foi durante as lentas viagens para El Caguan, através de uma estrada imprevisível que rompia as matas da região- ela guiava carros pesados como uma profissional- que do seu passado soube aquilo que me contou. O suficiente para eu entrever nela uma personagem de novela que irradiava uma intensa alegria de viver.

Em Eliana encontrei uma revolucionaria de outro tipo. Responsável pela intendência, ocupava-se com zelo de tudo o que se relacionava com o abastecimento do acampamento. A sua beleza não era física. De meia idade, entroncada, brusca nos movimentos, alcançara o grau de subcomandante e o seu currículo de combatente dissipava duvidas sobre os méritos da guerrilheira. Era de poucas falas, mas, ao volante de um camião, respondia com rapidez e segurança às perguntas que eu formulava sobre a historia das FARC e a organização do acampamento.

Yurleni, a ranchera, projectava a imagem de uma jovem camponesa desinibida, faladora , com uma espontaneidade tocante. Passava o dia na cozinha preparando as refeições dos convidados. Quando apreciávamos um prato de caça ou uma especialidade colombiana reagia tão efusivamente que até comunicava o facto ao seu papagaio palrador, empoleirado num arbusto, ao lado do bidão da água, no terreiro por onde deambulavam galinhas e o quati, mascote da guerrilha. Yurleni tinha um companheiro, John, e dizia ser mais feliz do que algum dia pudera imaginar. Menina, tinha uma obsessão: ser soldado. Mas acabou nas FARC quando percebeu que era mentira o que delas contavam e que a guerrilha era, essa sim, um exército de heróis, como outro não existia .

Em Isabel, a historiadora, descobri uma romântica. Foi a ideologia, absorvida na universidade, que a empurrou para as FARC. Encontrava-se no umbral de uma vida de comodidades, já com um mestrado e trabalhando numa organização internacional que lhe garantia um salário mensal de quase 2000 dólares quando....

Ela hesitava ao chegar aí e eu interrompia, tentando descer às raízes da opção que a fizera mudar de rumo.

- O tempo de reflexão foi breve- respondia -. Eu sentia um nojo crescente pelo tipo de vida que se abria para mim. Não queria ser triturada pelo sistema. O apelo foi irresistível. Ajudada por amigos, vim parar às FARC, que eu admirava sem as conhecer...

Isabel mantinha longas conversas comigo. Os temas ideológicos fascinavam-na e encontrou em mim um interlocutor. Após um ano, sentia-se ainda uma iniciada. Cumpria exemplarmente todas as tarefas, verifiquei que atirava muito bem, mas a insegurança atormentava-a.

A beleza de Isabel chamava a atenção pela suavidade. Tinha uma pele muito branca, uns olhos enormes, luminosos e um corpo onde tudo parecia certo pela forma e a proporção. Do conjunto desprendia-se irrealidade.

Um dia perguntei-lhe porque, sendo tão bela, não tinha companheiro.

Levou tempo a responder:

- Sabes, isso faz-me sofrer. Mas não pelo que possas pensar. Alguns camaradas, já me perguntaram por que os recusei. Pensam que é uma atitude de classe, mas o motivo é outro. Eu faço uma ideia muito grande do amor e ainda não encontrei alguém que me abra ao amor...

Naturalmente Gloria, Eliana, Jenny, Adriana, Yurleni, Isabel eram nomes de guerra. Desconheço-lhes os nomes reais.

Na sede das FARC, em San Vicente del Caguan, conheci outra guerrilheira, a Nora, da qual conservo, nítida, na memória a lembrança de alguém que me apareceu como símbolo das mulheres das FARC.

Ela estava então na legalidade relativa da época e por isso publiquei-lhe o retracto numa reportagem. O companheiro tinha caído em combate pouco antes.

Nora atendia na recepção todos os estrangeiros que chegavam à Zona Desmilitarizada. Apareciam ali muitos jornalistas que pretendiam entrevistas com os dirigentes mais destacados das FARC, incluindo Manuel Marulanda, o legendário Tiro Fijo cuja morte fora anunciada vinte vezes por sucessivos governos. Era difícil a tarefa, mas Nora resolvia os problemas mais delicados. A voz e a doçura da guerrilheira desarmavam o protesto, quando os visitantes não obtinham o que pretendiam. Fundia uma suavidade tocante numa firmeza de combatente veterana.

Fechava-se quando as minhas perguntas incidiam sobre o seu mundo interior. Nunca me falou do companheiro perdido, mas a palavra tristeza subia na minha memória quando a escutava . No dia em que me despedi dei-lhe um par de botas e uma lanterna. Indispensáveis na selva , não teriam mais utilidade para mim.

- Podem ser úteis para algum camarada -- comentei quase envergonhado.

Nora abraçou-me, sem uma palavra, e o seu gracias compañero chegou acompanhado do único sorriso que lhe vi esboçar naqueles dias.

Hoje, quando leio ou escuto calunias sobre as FARC, o meu pensamento viaja para as selvas e montanhas da Colômbia. No turbilhão de imagens que então me envolve não é sem comovida admiração que revejo as guerrilheiras que ali conheci. Aquelas mulheres aparecem-me como símbolo da confiança na transformação revolucionaria da vida.

Professor anarquista é assassinado por policiais em Roraima!!!!!

É com grande tristeza que repasso a notícia do assassinato de um grande amigo e companheiro, vítima da violência policial em virtude de sua militância junto aos professores de
Camarada Chrystian, PRESENTE! Agora e sempre!
"Por mais rosas que os poderosos matem, nunca conseguirão deter a primavera!"
abraços,
Rafael

Não acreditamos que o professor Chrystian Paiva tenha cometido suicídio
Meu nome é Adriana Gomes, sou Professora efetiva do Estado de Roraima, e era companheira do historiador formado pela Universidade de São Paulo (USP), professor, poeta, escritor, musico, compositor e anarquista Chrystian Paiva. Desde fevereiro de 2009, durante os quase dois anos que esteve no Estado de Roraima lutamos juntos no Sindicato dos Professores (SINTERR).
No dia 17 de outubro, sábado, saímos com uma amiga libertária que veio do estado de São Paulo nos visitar, e fomos ao balneário Caçarí que fica um pouco isolado na cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima. Tínhamos uma arma utilizada para nos defendermos, levamos para o passeio dentro de uma mochila, o estado é isolado e o poder está nas mãos dos latifundiários, as relações são coronelistas, e esses coronéis fazem suas próprias leis, eles são a lei, então usávamos a arma como precaução e auto-defesa. Passamos a noite do dia 17 e quando amanheceu, domingo (18), percebemos que havíamos trancado a chave dentro do carro e começamos a pedir ajuda. Enquanto esperávamos ajuda conversávamos com várias pessoas e o Chrystian estava bem, aproximadamente às 10h me afastei alguns metros do local e deitei embaixo de uma árvore a fim de descansar e dormi.
Aproximadamente às 11h, o Chrystian foi bruscamente abordado por uma guarnição da Polícia Militar, sob o comando do Subtenente Machado, e sem nenhum indício anterior que tivesse intenção de cometer suicídio em um balneário movimentado, em plena luz do dia. A polícia em sua versão disse que o mesmo cometeu suicídio. As testemunhas são controversas, Chrystian era destro e a bala que perfurou a sua cabeça entrou do lado esquerdo, a mão esquerda estava machucada, assim como estava com hematomas e arranhões no rosto. Tudo leva a crer que não teve como se defender, e se tivesse como se defender com uma arma de fogo não atiraria na própria cabeça na frente de policiais militares. Não acreditamos na versão oficial da imprensa e da polícia de que Chrystian tenha cometido suicídio.
O Professor Chrystian era anarquista aguerrido, com quase dois anos residindo em Roraima mobilizou os professores do Estado para lutar contra as más condições da Educação, o coronelismo autoritário implantado pelo Estado nas escolas e a política pelega do Sindicato dos Professores.
Passávamos noites juntos com ele enviando e-mails, criamos o MOTE (http://greveprofessoresrr.blog.terra.com.br/), e como todo bom anarquista era apaixonado pelos seus ideais e ação direta. Colecionava um grande histórico de lutas de repercussão nacional e internacional empreendida no estado onde nasceu, São Paulo, e era punk desde os 12 anos. Ficamos indignados em saber que um companheiro de luta tão importante para o movimento tenha sido vítima de uma ação de policiais truculentos, e queremos vingança.
Vamos lutar o mais que pudermos para responsabilizar os verdadeiros culpados, pedimos a ajuda de todos os amigos e companheiros de luta para divulgação regional, nacional e internacional do ocorrido.
Adriana Gomes (Professora formada na Universidade Federal de Roraima (UFRR), especialista em História Regional)
Quarta-feira, 21 de outubro de 2009, Boa Vista, Roraima, Brasil
Quando morre um anarquista Se quebra uma lança Uma flor seca
Choram os homens íntegros ...
Quando morre um anarquista Algo se apaga O ar desaparece
Se reúnem as estrelas E o acompanham Na última viagem ...
Quando morre um anarquista A liberdade perde força A justiça se afasta A poesia se quebra
Adoece a esperança. ...
Quando morre um anarquista
Todos os párias do mundo
Morrem um pouco
A. Jimenez

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Skinner contra a natureza humana.


Podemos dizer que temos uma natureza humana?

Skinner, Psicólogo Beraviorista, diz que todo nosso comportamento vem da nossa cultura, do ambiente onde ele é desenvolvido. Produzimos nossa cultura e somos determinados por ela. Admitir uma natureza humana é determinar que os homens já nascem com características inatas, ou seja, agirão de determinado modo porque assim é sua natureza e não tem como ser diferente, mas vários comportamentos dito inatos pelos defensores da natureza são refutados pelos beravioristas e com argumentos muito mais sólidos aceitos rapidamente pela nossa razão. Como por exemplo tratar da moral, justiça, liberdade, amor... Skinner nos diz que todas essas características que adotamos e que faz parte da nossa sociedade é adquirido, o ambiente nos diz que devemos agir nos comportando de determinada forma e assim agimos; e vemos também que em muitas outras sociedades vareia muito esses comportamentos com relação a essas carecterísticas já que a cultura é outra. Basta nos atentar aos estudos da antropologia para entendermos que se trata de uma realidade. No entanto, um filósofo de Viena, precursor da Etologia, chamado Konrad Lorenz, fez grandes descobertas no final do século XIX para o século XX, e em suas observações por longos anos com animais, especialmente com garças, disse que somos muito mais parecidos com os animais do que pensamos e que todos os animais humanos ou não humanos tem uma característica em comum que é inata, trata da agressividade, pois todos os seres vivos lutam pela sua sobrevivência e esse instinto trazemos conosco, porque sem ele seriamos facilmente aniquilados pala natureza. Sendo hoje em dia conhecido pelo instinto de sobrevivência e demarcação de territorialidade. Ficando assim difícil de dizer que não temos nenhuma caracteística inata e que todas elas são fruto do ambiente; essa, (agressividade) pelo menos, me parece sim ser inata. No entanto, não podemos deixar de concordar com muitas afimações que o beraviorismo nos mostra sendo praticamente impossível refutar. O ambiente tem um poder de controle e determinação no homem muito grande.

Entrevista com Peter Singer


Ele é a favor do aborto e condena que se mate animais para comer. O filósofo Peter Singer, professor de bioética na Universidade de Princeton, vegetariano há 35 anos, um dos mais polêmicos pensadores da área. Mas diz que sua filosofia é muito simples: “Evitar o sofrimento ao máximo, para seres humanos e animais”.

Época: Não comer carne sempre foi uma questão ética para o senhor?
Peter Singer: Eu me tornei vegetariano faz 35 anos. Naquela época, esse tema era totalmente ignorado pelos filósofos. Toda a questão moral em torno do tratamento de animais não existia para a filosofia. Mas, para mim, essa já era uma questão ética .

Época: Qual é exatamente a sua posição?
Peter Singer: Não acho que seja justificável submeter animais a sofrimento só porque gostamos do sabor da carne ou porque estamos acostumados. Mas, infelizmente, é isso que a gente faz quando compra um animal para comer. Gostaria de esclarecer que isso só se aplica a pessoas que têm o suficiente para uma dieta saudável composta só de vegetais. Nunca disse que populações em condições de pobreza, que precisam comer o que puderem para se nutrir, deveriam ser vegetarianas. Quem tem outras opções, no entanto, se continuar a consumir carne, especialmente carne produzida segundo os métodos modernos de criação de gado, será responsável por submeter os animais a um grande sofrimento.

Época: O homem não é onívoro por natureza?
Peter Singer: Não sei o que isso dizer. Se quer dizer que não podemos fazer outra coisa, com certeza, isso não é verdade. Há muitos milhões de pessoas que não comem animais. Se quer dizer que essa é a forma como sempre fizemos, é verdade. Mas é irrelevante para determinarmos o que fazer agora.

Época: Na natureza animais comem outros animais.
Peter Singer: Isso não é um argumento. Na natureza, o homem domina a mulher, um homem escraviza o outro. Ninguém argumenta que essas coisas sejam certas.

Época: O que seria um argumento moral válido?
Peter Singer: Um argumento moral tem de ter algumas premissas, deve ser algo que nos guia.

Época: Quem determina as premissas que devemos seguir?
Peter Singer: Ninguém determina. Cada um de nós determina para si próprio. Devemos fazer isso pensando claramente sobre o que fazemos, nos perguntando, por exemplo, se gostaríamos que fizessem conosco o que fazemos com o outro.

Época: Seu pensamento ético se encaixa em alguma escola filosófica ou tradição moral?
Peter Singer: Minha visão moral vem da filosofia utilitária desenvolvida por filósofos ingleses como Jeremy Bentham and John Stuart Mill no do século 19. Mas não acho que, essencialmente, meus argumentos pelo vegetarianismo sejam utilitários. São uma extensão de pensamentos que a maioria das pessoas tem, como a rejeição ao racismo. Uma extensão disso é o que eu chamo de especiesmos, preconceito contra aqueles que não são membros da nossa espécie.

Época: Esse preconceito se volta só contra algumas espécies? Por que comemos bois e porcos e não comemos gatos e cachorros?
Peter Singer: Algumas pessoas comem gatos e cachorros. Isso é cultural. No ocidente, nós não comemos gatos e cachorros, mas, ainda assim, somos preconceituosos em relação a eles. Muitas vezes eles são muito maltratados.

Época: Um dos argumentos que o senhor coloca para não comermos animais é que eles são auto-conscientes. Todo animal é consciente de si mesmo?
Peter Singer: Não. Os animais são conscientes no sentido de que são capazes de sentir dor, pelo menos a maioria (ostras não devem sentir nada). Mas não acredito que todos sejam conscientes de si mesmos. É difícil saber. Eu nunca disse que galinhas, por exemplo, têm consciência de sua existência. Mas elas sentem dor.

Época: O senhor comeria ostras?
Peter Singer: Acho que tudo bem comer uma ostra. Não creio que ostras sintam dor.

Época: Algumas pessoas dizem que plantas têm sentimentos.
Peter Singer: Não há nenhuma evidência de que isso seja realmente verdade.

Época: E se a ciência provar que é verdade?
Peter Singer: Se a ciência provar que é verdade, precisaremos arrumar formas de reduzir esse sofrimento. Claro que teremos de comer alguma coisa. Mas é sempre bom lembrar que quando comemos animais somos responsáveis por destruir cinco ou dez vezes mais plantas do que se as comêssemos diretamente. Portanto, as plantas serem capazes de sofrer ainda não seria uma razão para comer animais.

Época: É mais ético caçar do que criar animais?
Peter Singer: De alguma forma, sim, porque os animais têm uma vida normal. E, se o caçador tiver boa pontaria, eles morrem instantaneamente e não sofrem. É muito melhor do que ir a um supermercado e comprar um pedaço de carne que vem de uma fazenda de produção industrial, onde os animais provavelmente sofreram por toda a sua vida.
Época: Suas opiniões a favor do aborto e da eutanásia parecem incoerentes com a defesa dos animais. Há um fio que permeia suas idéias?
Peter Singer: O fio que permeia tudo é o desejo de prevenir qualquer sofrimento evitável.

Época: Como o senhor justifica seu apoio à legalização do aborto? O senhor não crê que o feto sofra?
Peter Singer: Acho que não devemos obrigar uma mulher a continuar uma gravidez que ela não deseja já que não há um ser consciente envolvido. No período da gravidez em que a maioria dos abortos acontecem, o feto não sente nada. Sou um pouco preocupado a respeito de abortos que aconteçam muito tarde na gravidez, depois de 24 meses de gravidez, porque o feto talvez seja capaz de sofrer.

Época: O senhor acha que um feto mais novo que isso sente menos que um peixe?
Peter Singer: Sim, um peixe sente dor e um feto dessa idade, não. Dá para saber isso baseado no desenvolvimento do sistema nervoso.

Época: O senhor é religioso?
Peter Singer: Não.

Época: A idéia de não fazer ao outro o que você não quer que façam a você é uma idéia cristã, não?
Peter Singer: Os cristãos não são os únicos que têm ética. A tradição chinesa, por exemplo, não é uma tradição religiosa e têm muitos questionamentos éticos. O mesmo vale para a tradição budista. Acho que temos a capacidade de nos solidarizar com os outros independente da nossa religiosidade.

Época: Qual a sua posição em relação aos alimentos transgênicos?
Peter Singer: Não sou contra por princípio. Tudo depende do que estamos falando: modificar plantas ou animais. Temos de tratar os dois casos separadamente. Em relação a modificar plantas, o maior problema é o risco de se causar algum dano ambiental. Se conseguirmos prevenir isso, então, não tenho problemas em relação a vegetais transgênicos. Causar ou não um problema ecológico é uma questão ética. Mas não acho que haja algo intrinsecamente errado em mudar os genes. Com os animais, novamente, a questão é impingir sofrimento ou não. Nós não sabemos exatamente o que estamos fazendo e algumas das primeiras pesquisas causaram anormalidades que provocavam sofrimentos.

Época: O senhor conhece as experiências da bioarte? Ouviu falar de Alba, a coelhinha fosforescente do brasileiro Eduardo Kac?
Peter Singer: A princípio, não há nada demais em se fazer um coelho que, no escuro, fica verde e brilha. A questão é que não se sabe se essa mudança genética pode causar algum tipo de distúrbio que traga sofrimento para o animal. Só gostaria de saber se houve cuidados com a saúde do animal, se nenhum outro coelho sofreu antes para se chegar a esse resultado.

Época: Alguns artistas criam tecidos vivos a partir de células humanas e depois os matam em público.
Peter Singer: Não vejo muito sentido, mas não tenho nenhum problema ético em relação a isso porque não há sofrimento envolvido. Algumas pessoas me perguntam se eu aprovaria que se comesse carne caso essa carne fosse um tecido criado em laboratório. Eu não veria nenhum problema. Se alguém pegasse apenas algumas células e produzisse carne, se isso fosse economicamente viável, eu ficaria feliz em comê-la. Seria muito melhor do que comer carne de animais que sofrem.

Época: O senhor é a favor da clonagem?
Peter Singer: Não vejo nada de errado em clonar embriões para produzir células-tronco, por exemplo. Claro que haveria mais problemas se permitíssemos que clones humanos crescessem. Poderíamos ter imprevistos com anormalidades, problemas psicológicos. Quanto aos animais clonados, alguns sofrem, outros não. Mas não acho que a questão seja muito relevante. O número de animais que sofre com essas experiências é muito pequeno em comparação ao que acontece todos os dias nas fazendas de gado. Fazemos escândalo demais em torno da clonagem e nenhum pio em torno de fatos que provocam muito mais sofrimento.

Época: A questão dos animais serem usados como cobaias de laboratório também o preocupa?
Peter Singer: Eu não seria necessariamente contra se usar animais para pesquisa de remédios e tratamentos, caso essa fosse a única alternativa para salvar muitas vidas humanas. Mas eu teria de ter certeza de que essa é a única alternativa. E, muito freqüentemente, não é. Às vezes, é simplesmente a forma com que os cientistas se acostumaram a trabalhar. Eles não buscam alternativas.

Época: Então, se realmente necessário, temos o direito de fazer outro ser sofrer?
Peter Singer: Algumas vezes, temos de pesar um sofrimento contra outro sofrimento. Estudos que, embora causem sofrimento para um número pequeno de animais, previnam o sofrimento de milhões de seres humanos são justificáveis.

Época: O senhor não está sendo preconceituoso? Faria isso com seres humanos?
Peter Singer: Talvez fizesse... se fosse a única coisa a fazer.

Época: Manter dez ou vinte pessoas sofrendo em um laboratório, além de ilegal, não é considerado ético, nem que seja para salvar milhões de vidas.
Peter Singer: Talvez eu não compartilhe desse pensamento. Se essa realmente fosse a única forma de salvar 10 milhões de pessoas, talvez eu fizesse isso. Esse, no entanto, é um bom exemplo de como, na realidade, há outras formas de se fazer as coisas. Se alguém diz que precisa fazer isso, logo outro aparece e diz “Vamos fazer a experiência com pessoas que já estão morrendo de alguma doença ou algo assim”. Seria melhor fazer experiências em humanos com morte cerebral, por exemplo, do que em animais saudáveis.

Época: O senhor comeria carne humana se fosse necessário para salvar sua vida como aconteceu com os estudantes argentinos de medicina que caíram nos Andes na década de 70?
Peter Singer: Comeria. Se eles já estão mortos, não faz diferença. Se fosse a única comida que eu tivesse, comeria. Claro que provavelmente teria alguma repugnância instintiva. Mas teria de superar isso.

domingo, 25 de outubro de 2009

Konrad Lorenz, humano e criador da Etologia.


(…) O meu pequeno ganso cinzento viera então ao mundo e contava que se fizesse bastante forte sob a protecção da sua almofada térmica que iria substituir o ventre quente da mãe, a fim de conseguir erguer a cabeça e dar os primeiros passos.
De cabeça inclinada, levantou para mim um grande olho escuro, um só, pois como a maior parte das aves, o ganso cinzento só fixa um olho quando quer ver com precisão. A avezinha olhou-me muito, muito tempo. E como fiz um gesto acompanhado de uma breve palavra, deixou a sua atitude de expectativa e saudou-me: o pescoço estendido e a nuca direita, soltou rapidamente e em diversas sílabas aquele som que, nos gansos cinzentos, corresponde a uma tomada de contacto e que, em todos os filhotes, se assemelha a um pipilar leve e cheio de entusiasmo. (….) Eu ignorava ainda as pesadas obrigações que assumia ao ser objecto da atenção daquele olho escuro. (…)
Tencionava confiar a um ganso fêmea doméstico, após o nascimento, todos os [outros] gansinhos [previamente] chocados pela perua (…) Quando o meu ficou ‘pronto’, levei o meu bebé até ao jardim onde o ganso fêmea branco estava instalado na casota do cão, cujo ocupante legítimo expulsara sem qualquer pejo. Enfiei o meu bebé dentro do ventre macio e quente do ganso, convencido de haver cumprido a minha obrigação. Mas tinha ainda muito que aprender.
Decorreram alguns minutos [passados] em amena meditação sentado diante do ninho das aves; depois, vindo debaixo das penas do grande ganso branco, chegou-me um ligeiro pipilar que mais parecia uma interrogação: vivivivivi? O velho ganso respondeu em tom tranquilizador: gangangangang. No entanto, em vez de se apaziguar, como teria sucedido a qualquer ganso bebé razoável, o meu deslizou para fora da quente plumagem protectora, ergueu um olho em direcção ao rosto da sua mãe adoptiva e afastou-se dela a correr e a chorar bem alto: pfuhp… pfuhp… pfuhp… Assemelhava-se ao «chamamento de abandono» dos pequenos gansos que é vulgar, sob uma ou outra forma, em todos os pequenitos que fogem do ninho.
Erguendo-se em todo o seu tamanho, chamando alto e ininterruptamente, o pobre bebé encontrava-se a meio caminho entre mim e o ganso fêmea que o chocara. Esbocei então um pequeno gesto, a sua choradeira parou bruscamente e veio até mim, o pescoço grande estendido para a frente, saudando com fervor: vivivivivi… Certo que era comovente, mas não tencionava desempenhar o papel de mãe ganso. Peguei então no bebé, voltei a colocá-lo debaixo da mãe adoptiva e fui-me embora. Ainda não dera dez passos quando oiço atrás de mim pfuhp… pfuhp… pfuhp… e o pobrezinho correu desesperadamente. Agachou-se, pois ainda mal se aguentava de pé; ao caminhar devagar, cambaleou, mas encontrara na premente necessidade os movimentos da corrida precipitada. (…)
Até um coração de pedra se teria partido ao ver o pobrezinho a correr atrás de mim a chorar com a sua vozinha de falsete, tropeçando e caindo, mas com uma rapidez extraordinária e uma determinação cuja intenção não era possível ignorar: era eu, e não o ganso doméstico branco, a sua mãe! Suspirando, levei para casa a minha pequena cruz. Apesar de não ter mais de 100 gramas, sabia perfeitamente o fardo que representava, quanto me ia custar em esforços e tempo para o tratar dignamente.
Procedi como se tivesse adoptado a bebé e não como se fosse ela a adoptar-me. Baptizámo-la solenemente de Martina.
Levei o resto do dia a fazer de mãe-ganso. Fomos pastar erva tenra na pradaria, e consegui convencer a minha ‘filha’ de que um picado de ovo e urtigas era um pitéu muito saboroso. E, por sua vez, a ‘filha’ conseguiu convencer-me de que estava fora de questão (…) afastar-me dela e deixá-la sozinha, por um minuto que fosse. Na verdade, perdia-se num terror tão desesperado e chorava de forma tão pungente que, ao cabo de algumas tentativas, acabei por ceder e construí um cestinho onde a podia transportar para onde quer que fosse. Os meus movimentos só eram plenamente livros quando a bebé dormia.
Nunca dormia muito tempo de seguida, o que não me afectou particularmente no primeiro dia. Mas à noite!…. Instalara o meu ganso bebé num magnífico berço aquecido electricamente que substituíra já o seio materno de muitos pequenitos saídos do ninho. Quando, bastante ao fim da noite, introduzi a pequena Martina debaixo da almofada eléctrica quente e macia, logo emitiu com alegria o murmúrio muito rápido que, nos gansos jovens, exprime a disposição do sono e se assemelha a um virrrrrr. Coloquei a caixa que mantinha o berço aquecido num canto do quarto e meti-me também na cama. Estava prestes a adormecer quando oiço Martina dizer em voz baixa e ensonada: Virrrrrrr. Nem me mexi. Chegou-me então, um pouco mais alto e como que a interrogar, o som da tomada de contacto vivivivivi? Selma Lagerlöf, cujo maravilhoso livro sobre o pequeno Nils Holgersson tanto me influenciou na infância, captou com genial intuição o sentido deste chamamento ao traduzi-lo por: ‘Estou aqui, e tu, onde estás?’. Vivivivivi?: estou aqui, e tu, onde estás?
Continuei sem responder, embrenhei-me mais debaixo da roupa e desejei ardentemente que a bebé voltasse a adormecer. Infelizmente, não. Vivivivi, mas desta vez com o acompanhamento ameaçador do chamamento de abandono: estou aqui, e tu, onde estás? (…) E, no instante seguinte, lá estava: nítido e penetrante, soou o pfuhp… pfuhp… Tive de me levantar e aproximar da caixa. Martina recebeu-me com alegria e bastantes saudações: um nunca acabar de vivivivivivi, tão contente estava de já não se encontrar sozinha no escuro. Meti-a suavemente debaixo da almofada quente: virrrrrr, virrrrrr, e adormeceu logo, como eu contava. Fiz o mesmo.
Mas ainda não passara uma hora, ouviu-se novamente o vivivivivi inquiridor e repetiu-se exactamente a história que acabei de contar. Depois, outra vez a um quarto para a meia-noite. E de novo à uma hora. Às três menos um quarto, resolvi bruscamente mudar de táctica. Peguei no berço e coloquei-o ao alcance da minha mão, à cabeceira da cama. Quando às 3 horas e 30 minutos se ouviu a interrogação esperada: ‘Eu estou aqui, e tu, onde estás?’, respondi em linguagem de ganso cinzento um pouco macarrónica: Gangangangang, e bati ao de leve na almofada quente. Virrrrr, disse Martina, ‘vou dormir, boa noite.’ Em breve aprendi a dizer Gangangangang sem acordar. Creio que ainda hoje responderia assim no sono mais profundo se alguém dissesse baixinho ao pé de mim: vivivivivi? (…)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que está por trás do golpe?


ABAIXO A DITADURA EM HONDURAS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Manuel Zelaya aceita fazer acordo com os ditadores para restituir seu cargo de presidente de Honduras, mas no acordo está a diminuição do poder e ser julgado pela corte suprema. Eu gostaria de saber que tipo de democracia é essa em que vivemos ditada pela burguesia, ou seja, só podemos ir até onde ela ( a classe burguesa) nos permite, se não, é golpe na certa. Somos uma maioria pobre, sem grana, miseráveis tendo que se acostumar com o básico, feijão, arroz e "mistura" isso quando não falta a "mistura", laser é uma quimera, quando não temos que nos contentar com um churrasquinho (carne de terceira) no final de semana. E isso tudo pra dizer que não temos democracia, nunca tivemos democracia, ela nunca funcionou porque nunca existiu, existe pra quem tem grana, pra quem faz parte da elite de um país afirmando a opressão de uma classe sob outra. Em Honduras um presidente não pode propor um plebiscito para instaurar uma assembleia constituinte sobre um segundo mandato o que já acontece em muitos outros países, porque a corte suprema daquele país não permite dizendo que está ferindo a constituição hondurenha indo contra a constituição. Honduras não se diz um país democratico? E o povo, o povo não tem voz? Por quê? Quais são os interesses que estão por trás desse "não pode"? Será que é somente porque é contra a constituição? E que constituição é essa que não pode ser alterada com a voz do povo? Falando francamente podemos adiantar que o presidente mexeu na "fatia do bolo" aumentando um pouquinho para quem morria de fome, mas a burguesia é tão carniceira, tão tremendamente egoísta que nada que perder por mais que já tenha. Assim o golpe anda de mãos dadas com o presidente das industrias e enquanto isso o povo morre nas ruas clamando por justiça.

Meta-física.

Horário? 23:15... do meu lado esquerdo uma estrela piscando e do meu lado direito a lua brilhando fortemente cheia de potência, e entre as duas eu com minha subjetividade pensando, achando, calculando no meio de um silêncio absurdo. A empiria me devora ao mesmo tempo que devoro aquilo que faz parte do empirico.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Gratuidade.

O especismo é uma das piores barbáries que praticamos todos os dias, e, no entanto, o absurdo mesmo diante de tantas mirabolantes respostas para o nada, está para todos. Morremos, apenas isso, e o que fica depois disso são respostas vazias e sem fundamento embasadas no achismo.

"O cavalo morreu e o motorista já recebeu alta." Esta é uma frase de uma apresentadora de um telejornal depois de ter passado a reportagem de um carro atropelando um cavalo ( no rosto da apresentadora uma mistura de satisfação-pelo homem e indiferênça-pelo o cavalo) A palavra cavalo vai ser lembrada pra saber quem era o dono irresponsável que o deixou solto e que "acabou causando esse acidente." Respostas e mais respostas, o cavalo morreu porque queria liberdade no asfalto. Mesmo diante da infelicidade de perder sua liberdade para o homem o que para o cavalo isso não existe ele arrisca porque se ele não fosse livre ele não seria ele. Uma liberdade tão forte que nem a morte assusta.

É osso!!!


Estou saindo de um momento escuro, está ficando mais claro...

No escuro eu não vejo o teclado, só fico em nausea. Agora que é uma safadeza a cara de pau do presidente do senado (José sarney) isso é, mais uma vez o Brasil mostra sua cara e nós aceitamos sair na foto.

sábado, 4 de julho de 2009

Respeito aos animais não-humanos.


Atribuir a nossa moral a uma entidade externa -"Deus"- é uma negação da nossa condição intrínseca de ANIMAIS e, portanto, uma manifestação de ESPECISMO.
A sociedade e suas leis não vêm de "Deus", mas dos humanos, e afirmar o contrário não é um tributo, mas uma ofensa ao ser humano, à sua inteligência e sua razão.

Já tentar estender nossa moral a natureza, implica, de um lado, reconhecer nossa condição de igualdade, de outro, nossa dependência - pois sem a natureza, nós não sobrevivêmos; e disso, todos nós sabemos e sentimos, é só faltar água ou enfrentar a grande poluição de uma cidade grande devido a falta de reflorestamento.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Liberdade.


Eu sou aquilo a que me remeto. Penso para resolver os meus problemas, aqueles que crio, que existem e que também podem não existir. Eu li que só pensamos quando temos problemas para resolver, pois quando não temos, não pensamos, apenas usufruímos... A ordem das coisas, o princípio de não-contradição me faz aproximar de uma certeza de que nada é certo, pois a ordem está para a desordem e a desordem para a ordem. Eu já não busco felicidade, eu já não cobro da vida, eu já não me arrependo mais do que fiz... pra você que talvez leia essa postagem e pense o contrário, tem todo o direito, mas não tire o meu direito de pensar dessa forma, ou, se não, eu vou lhe pedir que me dê resposta, mas sem frustações, sem cobrança, e sem angustia de ser feliz o tempo todo.

Meus pensamentos estão estão voltados pra mim... liberdade.

Paixão que faz bem.


Você é tão pequena, tão pura, tem um sorriso que me faz sorrir...

Quando estou perto de você eu me sinto melhor, sinto que a vida me diz alguma coisa e que não tem palavras pois é só sentir. Você me deixa mais suscetível as palavras, eu escuto melhor, sinto mais a percepção dos fenômenos, não cobro nada da vida eu apenas quero te olhar e sentir essa sensação de vida, esse teu corpinho cheio de energia e que vibra com as descobertas dos objetos que estão ao seu redor. É tão bom ver você existindo filhinha, descobrindo a vida...


O gosto, as cores, os odores e todo mundo querendo te pegar no colo filha... e essa sensação de que todos estão te pegando no colo qual é essa sensação? Quais são as primeiras cores filhinha que mais chama atenção? Os sons que chegam aos seus ouvidos de pessoas gritando no jogo de futebol, da panela de pressão cozinhando o feijão ou do papai cantando desafinado pra você. O gosto do leite das mamas, a primeira sopinha... mais células se renovam filha, mais vida pra você. O mundo vai se mostrar muito complexo cheio de absurdo sem respostas... o mundo te espera pra te proporcionar muita alegria, mas talvez desconfortos também...

Eu não vou esconder essa emoção, essa vulnerabilidade que toma conta do papai, por isso mesmo filha que o papai precisa sentir a vida assim como você também precisa, para só assim, o papai te dar amor, te proporcionar todo o bem.

Eu estarei pertinho de você... o que eu posso fazer?
Você é minha paixão; eu que tanto corro com receio das paixões, de você, eu não consigo fugir.

Você é uma paixão que me impulsiona mais pra vida, que ilumina a minha escuridão, que me abraça quando eu mais preciso, que me dá respostas sem palavras... é só silênciar. É só pensar em você que tudo fica menos pesado, que a dor do mundo diminue e eu consigo continuar seguindo.
Eu sinto que com você o mundo passa a ser mais doce mesmo com toda a imensidão do mar salgado.

Artista de rua ou Sacerdote oportunista?


Andando nas ruas de São Paulo, rua direita, praça da Sé, praça João Mendes, viaduto do chá, eu percebo que a cidade me engole... Sou engolido pela secura das paredes, pelo o frio, pelas pessoas bem apaixonadas, pelo individualísmo extremo e... Artistas de rua ou sacerdote trambiqueiro? O show já tinha começado; "você, dê um passo pra frente e se concentre, pois, assim que eu levantar esse chapeu o coelho vai sair pulando... pessoal se aproximem mais, mais por favor... Eu resolvi me aproximar, e o Sacerdote continuou: Bom pessoal eu vi que algumas pessoas saíram de "fininho" dizendo que é trambicagem, mais trambicagem é o que o governo anda fazendo por aí, e eu sei que muitas pessoas que estão aqui não tem trabalho, devem estar desde cedo procurando emprego, estou mentindo? Muitas vezes em quem a gente mais acredita acaba sendo a pessoa que nos faz mal, colocando "olho gordo" naquilo que a gente conseguiu com tanto esforço; pois eu digo pra vocês, eu tenho aqui comigo uma coisa pequena, mas que nunca me deixou na mão". Ele continua: " aí o rapaz alí me perguntou; mas é de graça? De graça não é pessoal, pois só uma passagem daqui pra Bahia é duzentos reais, e pra voltar é mais duzentos, ou seja, quatrocentos é o dinheiro que eu estou tentando juntar a mais de meses pra visitar a minha mãe. Então eu posso dizer pra vocês que esse Patuá (a imagem de uma santa dentro de um pedaço de plastico grosso costurado) é o que me dá forças e que já me livrou de muito mal que vocês possam imaginar, com esse patuá, que vai junto essa oração que pode ser rezada a noite antes de dormir, vocês irão ver que se apegando a nossa senhora muita coisa na vida... calma, calma pessoal daqui a pouco eu levanto o chapéu."


Enquanto isso, a vez do artista fica concentrada esperando a hora do grande espetáculo, ou seja, a hora daquele chapéu ser levantado para ver o que acontece com o coelho...


Como sou um defensor dos animais (por mais que ainda me alimente de carne animal- não de coelho, é claro) não suportei a idéia de saber que aquele homem estava usando um coelho para "comprar" sua passagem para Bahia. Antes de vê-lo (o coelho) eu resolvi sair do show de rua, porque eu sei que se eu tentasse fazer qualquer coisa ali a favor do coelho poderia acabar me dando mal, pois estavam ali pra conseguir dinheiro. Resolvi sair antes, e mais insignificante do que nunca, reconheci mais uma vez minha vulnerabilidade.


Todos que estavam "no show" balançavam a cabeça afirmando que estavam de acordo com tudo que o sacerdote/artista dizia. Aquele homem envolvia todos com uma facilidade que era de dar parabéns pra ele. Falava de dor, de traição, desemprego, amor, Deus, Maria mãe de Deus (nossa senhora), esperança.... E assim a porta se abre, pois a falta de explicação para aquilo que é indeterminado faz com que as pessoas abracem e glorifiquem o primeiro e o último homem que se meta a sacerdote... Queremos respostas por mais que sejam ordinárias, medíocres, hilárias, artificiais, ilusorias... o que queremos é respostas. Enquanto isso, dentro do chapéu, o coelho preso, sufocado, sem entender nada do que está acontecendo.



O caminho e a chave da porta para conseguir se dar bem, é primeiro, o mistério da mágica e depois, é preciso envolver essa ilusão com a magia da religião, com a esperança de um dia tudo acabar bem.


... assim se ganha mais dinheiro com o jeito ordinário de sobreviver.

terça-feira, 30 de junho de 2009

CRÍTICA DA RAZÃO PURA.


Uma tal ciência teria que se denominar não uma doutrina, mas somente crítica da razão pura, e sua utilidade seria realmente apenas negativa com respeito à especulação, servindo não para a ampliação, mas apenas para a purificação da nossa razão e para mantê-la livre de erros, o que já significaria um ganho notável.




Kant.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mescla...


Um brinde as nossas opiniões vazias, vagas ou sem fundamento; por favor entre, mostre o seu ar de arrogância, minha insignificância e então vomite seus dogmas sobre mim. Sim, seja você por mais que eu não me suporte. Nosso preconceito é violento e seu racismo que você tanto esconde, fingindo não ter, está estampando no seu rosto. Sejamos alegre com muito pouco; vibre com nossa falta de respeito as outras espécies. Eu duvido e você contesta ou eu afirmo e você refuta? Somos vício? Somos hábito? Você é dor?... a dor da alma é como um câncer corroendo, corroeu a minha, a sua mente... o homem é mescla de razão e sensibilidade, talvez, quem sabe um pouco de equilíbrio não nos mostre um outro caminho, seja lá qual for, pra mim ou pra você, mesmo que façamos parte de toda essa complexidade.

sexta-feira, 26 de junho de 2009


Astro da música pop morre por causa de um ataque cardíaco fuminante.

Jornais do mundo todo, carniceiros, tentam desvendar a morte súbita do astro.

Mídia que a pouco tempo atrás queriam vender e aumentar o seu ibope em cima das nóticias-- custe o que custar-- que até hoje não ficaram totalmente explicadas. Astro sufocado, motivo de chacota em todo o mundo por causa de sua imagem branca que antes era preta. Mundo que não trata das suas doenças, mundo perverso que adora amendrotar, que adora oprimir; e assim foi com jackson. Ninguém queria saber, talvez, dos problemas que ele estivesse enfrentando. O mundo queria vender, o mundo queria empobrecer, destruir uma imagem.


Hoje, depois da morte de Michael, a mídia se mostra condolente, triste, uma tristeza que explora a morte de jackson, pois mesmo depois de morto o astro não tem privacidade.

Pela TV, vi um reporter perguntando para uma pessoa na rua: "você acha que Michael era feliz"? Resposta do entrevistado: "essa resposta morreu com ele".


A mídia, para aumentar sua audiência, tenta descobrir a causa da morte do astro.
Será que foi isso? Será que foi aquilo? Há qualquer custo ela quer uma resposta.

Michael Jackson até onde nós sabemos, através da própria mídia, estava cheio de dívidas, pois os escandalos que envolveram ele nos últimos anos o fizeram pagar idenizações muito altas.


Pedofilía, essa era a acusação.

Jackson disse que quando criança foi abusado pelo próprio pai e que sempre viveu sobre tensão, sendo oprimido, pois, vivia para a música; perdendo sua infância para satisfazer a todo custo o sonho que primeiro surgiu na cabeça do pai e que este não entendia que estava tratando com uma criança sensível.
Michael jackson foi um daçarino que renovou com seus passos de dança e que até hoje serve de referência para muitos que inicia nesta area; inovou a forma de fazer video clip no mundo, vendeu mais de quarenta milhoes de LPs com o disco Triller ganhando mais de 10 grammy; uma geração inteira dançando e cantando Michael jackson.


Acho que Michael nunca cresceu de verdade, sempre deixou a criança dentro dele falar mais alto e sair aos poucos, como nunca teve tempo de fazer isso, se reprimindo a vida toda, sendo por causa da vida que levava, cheio de ensaios para fazer perfeito, e, logo, consequentemente, com a fama é que não pôde mesmo fazer jus da sua infância. Vendo nas crianças a pureza daquilo que perdeu.


Uma sociedade castradora, megalomaníaca, repressora, que esmaga qualquer suspeita de "anormalidade" nunca ou dificilmente vai saber lhe dar com suas doenças.


Agora a televisão do mundo inteiro noticia a morte do astro. A mídia que antes destruia a imagem, agora chora a morte de Michael.


O mundo é uma prova para ver se crescemos para a experiência.
Lembre-se, porque lembrar é muito mais uma atividade psicótica.

IDIOSSINCRASIA



A ilusão se acomoda na parede dos sonhos... era quase noite e eu já ouvia os seus
murmúrios, os seus lamentos...
Nessa solidão de um homem só, eu me pergunto, fujo das minhas improváveis respostas.
Nada mais me comove...
Petrificado, estou como uma folha enferrujada no chão.
O que somos, é apenas estrutura lógica, um lugar para guardar temporariamente as abstrações.


A ESPÉCIE MAIS DESTRUTIVA QUE EU JÁ CONHECI.
ESSA É MINHA ESPÉCIE.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

LIVRE?


SOMOS LIVRES OU SOMOS ESCRAVOS DO OLHAR DO OUTRO?
SÓ QUANDO ESTAMOS DIANTE DE NOSSOS MAIS PROFUNDOS DESEJOS ENTÃO PODEMOS RESPONDER PARA NÓS MESMOS NOS PERGUNTANDO: EU SOU LIVRE?

ENCARAR O MEDO FOI, E CONTINUA SENDO, A MAIOR ADRENALINA QUE JÁ ENFRENTEI. O MEU SANGUE CIRCULA MAIS FORTE, VOU RESPIRANDO DEVAGAR E
OXIGENANDO O MEU CEREBRO... UMA SENSAÇÃO DE LIBERDADE MUITO GRANDE.
"Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia".
Epicuro.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O QUE ESPERAR?


Vale a pena viver a vida sem arriscar? O que podemos dizer de uma vida sem criação?
A subjetividade do homem... a complexidade do homem...
LUZ, MAIS LUZ...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ótima definição de Teologia.


Teologia é literatura fantasiosa e enfadonha sobre o nada, poesia de quinta, mitologia que não se enxerga, fabulação que não se assume, retórica de jardim de infância, embromação florida, subterfúgio encantado para Polianas, sinfonia sonolenta de metáforas de contos de fadas, um blablablá vazio que encanta e entorpece aqueles que buscam entorpecimento e que só conseguem viver entupidos de irrealidades. Teologia é a maquiagem da religião com vergonha de si mesma, das estorinhas risíveis e horripilantes dos seus escritos sagrados e dos seus personagens patéticos. Teologia é o obscurantismo ilustrado, a religião univesitária com ar de filosofia, com pose de conhecimento e desdém de ciência, é a irmã gêmea da astrologia, da quiromancia e da mãe Dinah, enfim, a Idade Média em pleno século XXI.


Obs: Concordo e assino em baixo camarada.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Garoto de 14 anos se suicida na zona leste de São Paulo.


Estava assistindo o programa Profissão Reporter da Rede Globo na sexta feira a noite, quando me deparei com uma notícia. "Garoto se suicida por causa de discriminação dos colegas da escola." Eu sei que muitas pessoas se suicidam no mundo todos os dias, por mais que não saibamos, já que os canais de comunicação não mostram e não falam disso, até mesmo, dizem eles, para não influenciar outras pessoas a fazerem a mesma coisa, ou seja, dar fim a sua existência. Mas esse caso me intrigou, apesar, também, de não ser uma novidade o que vou contar, acredito que já ouvimos falar de casos idênticos, no entanto é sempre bom salientar mais vezes para percebermos o quanto caminhamos a passos de tartaruga.
O programa abordava a educação nas escolas públicas de São paulo, imaginem que por esse começo já podemos imaginar o que vem pela frente; isso mesmo, escolas em pessimas condições de uso; carteiras quebradas, lousas precisando de reforma, assim, como o prédio todo; professores estressados, alunos bagunceiros e salas super lotadas. Esse é o nosso sistema de educação falido que nos foi mostrado mais uma vez por um canal de televisão. Disso a gente já sabia, e é de uma grande tristeza ter que afirmar isso mais vezes, não é mesmo? Nessa reportagem os reporteres acompanhavam a vida dos alunos para equiparar com a educação que recebiam do governo, e nesses contatos que faziam souberam de um garoto que tinha se suicidado na semana anterior à reportagem; entrevistando a tia do garoto descobriram que se tratava de um menino de 14 anos e que provavelmente era muito mais sensível do que os outros garotos da sua idade, pois a tia dele, meio receosa, disse que os outros alunos da mesma escola em que seu sobrinho estudava batiam nele e o xingava de bichinha ou viadinho; e que ele sempre voltava para casa reclamando da vida e dizendo que um dia iria se matar. Até que chegou esse dia, o garoto suicidou-se, a reportagem não disse como, para não influenciar outros adolescentes, como eu disse antes; o estudante deixou uma carta para a mae dizendo que não aguentava mais e que ela o perdoasse pelo o que iria fazer. Um menino de apenas 14 anos, que muito provavelmente gostaria de viver em uma sociedade mais justa, menos castradora e preconceituosa tirou a sua vida porque os seus colegas não aceitavam o jeito ou a maneira como ele se comportava, e, sendo assim, fazia da vida dele um tormento, o xingando e batendo nele como se tivessem o direito de fazer isso. Podemos dizer que quem matou esse menino foram os pais desses jovens que não explicaram para os seus filhos onde e em que mundo eles vivem, para que estes se situassem da realidade ao seu redor e tivessem tolerância com aquilo que pra eles não paresse normal? Temos o direito de oprimir outras pessoas? Podemos usar de violência para fazer com que 'alguns' se comportem do mesmo jeito que os demais.
Os campos de concentração contra homossexuais continua agindo forte e em silêncio pelos cantos do mundo. Quantos adolescentes que não fazem uso da sua razão pública, mesmo porque estão em desenvolvimento, -- e com um sistema de educação como esse que não ajuda só prejudica mais ainda já que em muitos casos não tem professores preparados e profissionais da área para dar uma base a esses jovens e poderem fazer aquilo que infelizmente os pais não fazem que é educar os seus filhos -- se suicidam todos os dias pelo o mundo, e a mídia não fala sobre isso para não influenciar o suicidio, a possibilidade do suicidio; omitir neste caso é cooperar com o genocidio do preconceito sexual. O mundo é um hábito repetitivo, cheio de sujeira pelos cantos; um pássaro que faz o mesmo som todos os dias e que pra cantar de outra forma é preciso renascer das cinzas da razão jogada fora. Nesse caso, o estado, totalmente omisso, nos dar o direito de quebrar o contrato, pois sem educação, saúde, e com péssimas condições de moradia como foi mostrado a casa do garoto que suicidou-se, o que nos dar o direito de permanecermos em estado de paz, que paz é essa? Estamos esperando morrer nas piores condições, só isso e mais nada? Que conservação de vida ilusória e vegetativa é essa?

Tempo e Espaço.

Podemos também dizer que somos um som barulheto solto no espaço e que percorre o tempo?
Um ser que não sabe porque existe, pois mais que tente criar tantas respostas para essa pergunta acaba entrando em contradição consigo mesmo.

Para Hobbes, o homem é o lobo do homem.
O próprio homem é inimigo de si mesmo, já que muda de desejo a cada instante.

Somos PAIXÃO, até mesmo na filosofia Somos PAIXÃO.
Se somos PAIXÃO, se tudo que escolhemos e estamos condicionado a isso, a escolher,
então podemos dizer que vivemos apaixonados na medida que escolhemos todo momento pela vida, participar das coisas da vida.

Sem espaço e sem o tempo nada seriamos.
Somos tempo e espaço? Já que estamos no tempo e no espaço e não podemos nem pensar
na possibilidade de estar fora disso.

Um som?
Como posso manter o meu EGO se sou tão insignificante?
Se o absurdo me engole mesmo que eu não pense nele?

Penso enquanto existo?
Eu existo?
Enquanto penso e escrevo o meu pensamento, eu morro.
O Tempo me consome, me devora e eu perco espaço todo instante...


....

SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO!

NÁUSEA... PURA NÁUSEA.
PRA VOCÊ SER OUVIDO, VOCÊ PRECISA "PUXAR O
SACO".

... E CONTINUAMOS USANDO A RAZÃO.

O SER HUMANO É CARENTE DO OUTRO.
SEJA PARA O SEU PRÓPRIO INFERNO "ASTRAL"
OU MESMO PARA SUA ILUSÃO DESTRUTIVA.

... E ASSIM CAMINHAMOS...

domingo, 17 de maio de 2009

Um minuto...


Nesse abismo onde estamos reunidos, nesse absurdo, as perspectivas se tornam apenas

mais uma falacia. Em que devemos acreditar? O que falar? Estou condicionado a sempre

estar só e viver o inferno dos outros. Podemos dizer que a vida é só um habituar-se

a convenções e mais nada? Ou podemos dizer que um dos motivos para permanecer existindo esta nos fenômenos, nessa paixão pelo que nos aparece e que sabemos que enquanto permacermos de olhos abertos sempre estaremos suscetiveis a sensibilidade, na qual, estamos submersos?

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sujeira por todo lado.


Aqui estamos nós, na mais pura parasitação, sendo soterrados pela exploração trabalhista
desse país. Não podemos contar com sindicatos, não temos tempo para ir ao ministério do trabalho... as empresas fazem o que querem com o trabalhador, explora de um lado e do outro
descontando isso, descontando aquilo, o que fazem é defender na cara dura os empresarios e não o explorado, que não consegue pagar suas contas, quanto mais ter dinheiro para uma boa alimentação ou lazer. Diminuição dos gastos: é isso que ouvimos falar, quando um plano de saúde perde a sua qualidade por causa da troca do convênio e, além disso, aumentam a co-participação para o funcionário não poder usar, pensar duas vezes antes. E então, nos corredores da empresa, o que mais vemos são pessoas alienadas, cansadas, com problema de tendinite, outras com depressão, gastrite, dores de coluna e por aí vai. E não pense que a empresa manda o empregado embora, o lance é JUSTA CAUSA, não querem pagar idenização mandando embora; uma advertência, duas, três, supensão e JUSTA CAUSA. MAIS VALIA... MAIS VALIA... vamos encher o bolso desses porcos sujos de dinheiro, enquanto o nosso fica cada vez mais escasso. A falta de vida ou excesso de vida, tem o meio termo, como apenas o basico reconfortante?


... então vem a mídia, carnificera de mentes parasitas, e esconde a verdadeira sujeira que está por baixo dos panos; ela vem para fortificar a alienação, nos colocar medo de lutar contra o estado, esse estado castrador e mantenedor dessa tremenda injustiça que é a exploração do homem sobre o homem sem limites.

Acho muito bonito ver as pessoas colocando pneus queimados na rua e protestando com faixas,
outras enfrentando os cães de guarda (policia). Temos que fazer barulho sim. Chega de nos comportarmos como amebas parasitas deixando esse estado burguês sugar o nosso sangue para entregar a elite babaca desse país.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

MOMENTO NIILISTA.

Somos maquinas, mudamos toda hora os nossos desejos. Raramente avaliamos o peso de uma decisão e, quando erramos, nos jogamos num abismo de obscuridades. A vulnerabilidade das paixões, o particular, a satisfação pessoal, a alienação... a alienação...

Lembro de um filme onde os personagens procurando ser livres, em quebrar o "contrato social" (pelo menos esse contrato mentiroso feito especialmente a favor de uma burguesia antidemocrática) se perguntam: "Quantos estão, neste momento, pensando em uma revolução"?


RESPOSTA: $$$$$$$$$$$$$$$$$$$

O ser humano é um caso perdido?

quinta-feira, 12 de março de 2009

SAIU NO JORNAL.


Um operador de telemarketing procesou uma empresa, deste ramo, porque o obrigava a só urinar no "horário certo"... pois é, tinha hora específica para urinar naquela empresa. Mesmo que esse "horário certo" não estivesse em acordo com o horário que o corpo em seu processo natural, na qual não podemos prever, viesse a querer expelir a agua. Se sentindo desrespeitado,
esse operador procurou a nossa "justiça do trabalho" e sabe o que ele ouviu? "A EMPRESA ESTÁ CERTA EM COLOCAR HORÁRIO PARA SEUS FUNCIONÁRIOS IREM AO BANHEIRO, ELA PODE FAZER ISSO". Pois é meus caros, cada dia que passa eu estou mais convencido de que uma revolução é necessária. Ou se não, vai chegar uma hora em que eles vão introduzir em nosso corpo um chip para nos comandar através de controle remoto. Pois os primeiros passos para isso já estão sendo dado. Você tem que mandar uma mensagem para seu cerebro para que ele lhe obedeça e passe essa informação para sua bexiga e a obrigue a ficar quietinha... bem quietinha. Se não, você vai ter todo tempo do mundo para urinar em casa, mas com fome, se é que me entenderam. E se você conseguir por um bom tempo, para preservar o trabalho, oprimir sua bexiga a ficar quietinha, vai chegar uma hora em que ela vai estourar e vai lhe dar problemas de saude. Pois ir contra a natureza é ir contra sua vida.



Obs: Tenho certeza que esse juiz, que pensou em sua classe dominadora, não tem hora "certa" para ir no seu banheiro luxuoso, aposto que quando dar vontade ele diz educadamente "dar licença eu preciso ir ao toalete" e até a latrina o saúda quando ele se apresenta para ela.

quinta-feira, 5 de março de 2009

IDIOSSINCRASIA DO HIPOKRYTA 02


QUANTO MAIS NOS AFASTAMOS DA NATUREZA, MAIS NOS DISTANCIAMOS DA VIRTUDE. AFINAL DE CONTAS, A CIÊNCIA, ELA VEIO PARA NOS AJUDAR OU PARA NOS DESTRUIR MAIS RAPIDAMENTE? PODEMOS TUDO COM RELAÇÃO A CIÊNCIA, POR ISSO ESTAMOS A BEIRA DO CAOS, SE JÁ NÃO ESTIVERMOS DENTRO DELA? OU DEVEMOS NOS PRECAVER DESSA CIÊNCIA QUE NOS SUFOCA E QUE NOS DOMINA COM SEUS PRODUTOS TECNOLÓGICOS, DIZENDO A TODO MOMENTO COMPRE BATOM... COMPRE BATOM, SEM PENSARMOS SE ESSA COMPRA É ÚTIL OU NÃO? A CIÊNCIA, NA MAIORIA DAS VEZES, ELA VEM PARA SATISFAZER ESSE PARTICULAR?
PODEMOS AVANÇAR NA RAZÃO COM QUE TIPO DE CIÊNCIA?
A NATUREZA HUMANA É VARIÁVEL OU NÃO?
A ÉTICA AJUSTA O HOMEM PARA QUE ESTE SE SUPORTE E NÃO SE AUTODESTRUA.

O PAPEL DA ÉTICA...
SIGAMOS...

IDIOSSINCRASIA DO HIPOCRYTA.


Quanto tempo mais temos para perder pensando no particular, com nossos interesses mesquinhos e soberbos? Giramos em torno do nada, mas insistimos em ser tudo, sempre. Mundos particulares, "o ser humano" não pensa mais em "ser humano", talvez nem saiba o que significa "ser humano", o "humano" sempre quer 'ser' alguma coisa, está sempre preocupado em 'ser', mas "ser humano" alguém pensa em ser? Afinal de contas, o que é ser humano? Virtudes... estamos nesse trem descarrilhado, sem maquinista, sem virtudes... cada um em seu mundinho, fechado e lacrado... nos sufocamos, não nos suportamos e, no entanto, a insignificancia...




reticências me cala, eu me calo com a minha hipocrisia.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Principais idéias anarquistas.



Anarquismo é geralmente identificado como caos ou "bagunça", por ser uma doutrina política que defende a abolição de qualquer tipo de governo formal; mas, na verdade não é bem isso. Etimologicamente esta palavra é formada pelo sufixo de archon, que em grego significa governante, e an, que significa sem. Ou seja, anarquismo significa ao pé da letra "semgovernante". A principal idéia que rege o anarquismo é de que o governo é totalmente desnecessário, violento e nocivo, tendo em vista que se toda a população pode, voluntariamente, se organizar e sobreviver em paz e harmonia.
A proposta dos anarquistas é contraditória ao sistema capitalista mas, não deve ser confundida com o individualismo pois, como já foi dito, está fundamentada na cooperação e aceitação da realidade por parte da comunidade. De acordo com os principais pensadores anarquistas, o homem é um ser que por natureza é capaz de viver em paz com seus semelhantes mas órgãos governamentais acabam inibindo esta tendência humana de cooperar com o resto da sociedade.
Com isso, podemos perceber que uma sociedade anarquista não é algo totalmente descontrolado como todos pensam, muito pelo contrário, esta é uma sociedade bem estruturada e organizada, só que esta organização está baseada neste instinto natural do homem. Ou seja, ela depende da autodisciplina e cooperação voluntária, e não uma decisão hierárquica.
A sociedade cria uma construção artificial, na qual a ordem é imposta de cima para baixo, como em uma pirâmide. Já no anarquismo a sociedade não seria uma estrutura e sim um organismo vivo que cresce em função da natureza.
Por isso, os anarquistas abominam a formação de qualquer partido político pois estes acabam com a espontaneidade de ação, burocratizando-se e exercendo alguma forma de poder sobre o resto da população. Eles também temem as estruturas teóricas na medida em que estas podem se tornar autoritárias ou "sentenciosas".
Daí o anarquismo ser conhecido como algo vivo, e não uma simples doutrina, a ausência de poder e controle na mão de alguns torna o movimento anarquista algo frágil e flexível. A crítica ao poder do Estado leva à tentativa de inverter a pirâmide hierárquica de poder, o que formaria um sociedade descentralizada que procura estabelecer um relação de forma mais direta possível. A responsabilidade começa nos núcleos vitais de civilização, onde também são tomadas as decisões, local de trabalho, bairros, etc.. Quando estas decisões não são possíveis de ser tomadas, formam-se federações. O importante, porém, é manter a participação e aprovação de todas as pessoas envolvidas.
Os anarquistas criticam a forma de governar do parlamentarismo pois a representação corre o risco de entregar o poder à um homem inescrupuloso e hábil, que use as paixões do povo, para sua auto promoção. Quando as decisões abrangem áreas mais amplas são convocadas assembléias, com intuito de nomear delegados que estão sujeitos à revogação de seus cargos.
Apesar de o anarquismo ser diferente na Europa e Brasil, ele tinha uma mensagem comum nos dois: a liberdade e a igualdade só serão conquistadas com o fim do capitalismo e do Estado que o defende. O anarquismo considerava, assim como o socialismo, que a propriedade privada era o principal problema da sociedade, argumentando que os "recursos naturais da terra" pertencem à todos, ou seja, sua apropriação para uso pessoal é roubo. O sistema capitalista causou o empobrecimento e exploração de muitos para a riqueza e avareza de poucos. Os fortes obrigaram os fracos à servir e em uma luta incessante pela riqueza as diversas nações entraram em guerra. Assim, claramente, podemos perceber que o capitalismo foi criado para atender à necessidade de uma classe dominadora e exploradora e não ao resto da sociedade.
A socialização da propriedade, unicamente, não pode mudar nada, pois acabar com a propriedade privada sem acabar com o governo burocrático só faria com que se criasse uma classe privilegiada em sua própria preservação. Todas as formas de governo acabam usando de determinada doutrina para "roubar" a liberdade do homem e satisfazer a "casta governante". Todas, usam da repressão policial ou militar para impor a sua vontade diante do povo, e, as leis, de um modo geral, são decretadas pelos poderosos para legitimar sua tirania. Na sociedade capitalista quando os pobres protestam contra os ricos, a polícia e o exército entram em ação; mais tarde estes pobres reprimidos têm de pagar as despesas destes dois órgãos e ainda do judiciário, que servem para dominar os trabalhadores.
Os anarquistas insistem que os meios de propaganda e educação recebem o apoio e o controle do Estado, para perpetuar os objetivos deste. A religião, é uma importantíssima ferramenta para os burgueses pois pacífica o trabalhador, levando- o a aceitar a miséria sem protestos, induzindo-o a desistir de sua liberdade e aceitar a dominação dos que "roubam" o fruto de seu trabalho. As escolas são usadas para ensinar aos homens a obediência às instituições já formadas; homens são treinados para adorar o seu país, dispondo- se sempre a dar sua vida pelos interesses de sus exploradores.
Então, somente eliminando o Estado e a propriedade privada é que o homem será totalmente livre, de suas carências, dominação, para desenvolver seu potencial ao máximo. Em uma sociedade anarquista as leis e a violência serão desnecessárias pois os homens livres serão capazes de cooperar para o bem da humanidade. Nessa sociedade, a produção seria feita de acordo com as necessidades da população e não para o enriquecimento de alguns poucos; com o fim das propriedades privadas não haveriam mais assaltos, ninguém iria cobiçar o que é dos outros (pois nada seria dos outros); acabaria a exploração das mulheres, cada um poderia amar à quem quisesse, independentemente de sua classe social e grau de riqueza, sem ser necessário o casamento; não existiria mais a violência e nem as guerras, ninguém mais lutaria por riquezas e não existiria mais o nacionalismo, racismo, carência e competição.
Se há anarquistas que praticam atentados políticos, não é em função desta sua posição, mas sim uma resposta aos abusos, perseguições e à opressão sofrida por eles. Não são, portanto, atos anarquistas e sim de revolta inevitável por parte dos explorados contra a violência dos altos escalões.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Viva a vida? Viva o comercio? Viva o sexo? ou viva o descaso e omissão pela miséria brasileira?


Eu me arrisco a "SER CHATO" pois é o que se ouve quando se tenta ter uma outra avaliação sobre essa fervorosidade erotica, esse ácido corrosivo de massa cefálica que é o carnaval. Ouço dizer também que por mais que digam que o carnaval é o ópio do povo, diante de tantas atrocidades e problemas que enfrentamos todos os dias nesse país, ele nunca vai deixar de existir, e que esse ópio é necessário, pois o povo brasileiro sofrido merece brilhar pelo menos uma vez, já que espera o ano todo por isso e já se acostumou não tem jeito. Esperar é o que mais fazemos por toda nossa vida. Aguardar respostas que com muita dificuldade são ditas e, quando são, já que pensar sobre os problemas é coisa pra velho, pra gente chata e careta. Então vamos povo meu, vamos cantar e pular pela nossa falta ou pelo nosso excesso. Depois - continuando com a minha chatice - voltemos pra casa, todos cansados com suor no corpo e deitemos depois de termos nos purificado, assim, suportaremos o peso do salário e a corrupção que nos assola a todo momento, aliás, o vício sempre foi muito mais procurado do que a virtude. O que é virtude? Alguém pode me ajudar com essa minha dúvida?

Mesmo sendo confuso eu me arrisco em falar de você...


Como explicar a dor em seu sentido mais exato, pela razão? Ela é sentida, é sentimento... podemos avalia-la, rebusca-la, inferi-la, corteja-la... podemos tudo... e mesmo assim corremos o risco de dogmatizar essa força de expressão... mas sentir, é só você, e apenas você que experimenta do seu jeito... ela é única e exclusiva. Ela pode vir de várias formas e, assim, ela se torna ela, cada vez que ela vem, de mesmo nome, mas com outra cara. O mais humano, não está em avalia-la, mas em poder reconhecer que ela faz parte de você. Mais subjetivo do que a dor é não poder respirar pela via da alegria ou pelo horror.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DORME FILHA, DORME. O PAPAI TE VIGIA.


O amor, quando se revela,

Não se sabe revelar.

Sabe bem olhar pra ela,

Mas não lhe sabe falar.


Quem quer dizer o que sente

Não sabe o que há de dizer.

Fala: parece que mente

Cala: parece esquecer


Ah, mas se ela adivinhasse,

Se pudesse ouvir o olhar,

E se um olhar lhe bastasse

Pra saber que a estão a amar!


Mas quem sente muito, cala;

Quem quer dizer quanto sente

Fica sem alma nem fala,

Fica só, inteiramente!


Mas se isto puder contar-lhe

O que não lhe ouso contar,

Já não terei que falar-lhe

Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa.

A emoção de um novo ser...


Ficamos da uma da manhã até às 3 horas de sexta para o sabado ninando a Júlia. Peito, colo, choro, peito, choro, colo... e assim foi 3 horas. Opa!!!!!!!!!!!!! dormiu. Quando estavamos dormindo eu e a mãe escutamos um choro que nos acordou, olhamos no relogio era apenas 4 horas da manhã, ou seja, Júlinha tinha nos deixado dormir apenas por uma hora e lá vamos nós com muito amor e toda paciência do mundo dar atenção para minha filha. Eu ficava de um lado do quarto até o outro lado com ela nos braços e ela gritando com aquele chorinho dela EU NASCI.. EU NASCI... e eu como todo pai emocionado e preocupado, achando que ela estava ou sentindo cólica ou querendo mamar... mais o que ela queria... hummmmm... Até que, sem cheirinho nenhum que me denunciasse, mesmo porque tinham me trocado antes, mamãe olhou minha bundinha e adivinhem: eu sujei minha fraldinha. Limpa, seca e perfumada eu voltei a dormir. Boa noite pai, boa noite mãe. Boa noite filhinha durma bem.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

IDIOSSINCRASIA...


Quando duas pessoas resolvem ficar juntas...

Tudo já está formatado e o julgamento é mais rápido do que uma bala perdida.

A rotina dos dias, as palavras convencionais, o acaso se transforma em omissão ou se já era esperado. Tudo se tem uma resposta, sejá ela para o desconhecido ou para aquele conhecido que insiste num novo olhar, numa nova interpretação.

A tradição sufoca as pessoas e a vida se torna mais insignificante do que já é. Se trata do peso das emoções numa sociedade mais emotiva do que racional. Então, participar é quase que uma obrigação. Existe o carrasco que é o vilão, do mal e existe o mocinho, o bom samaritano, o pobrezinho do bem. Nada é avaliado... as palavras e o desejo é muito mais forte do que a razão.

Por mais que a vida nos diga a toda hora que MULANBO EU... MULANBO TÚ neste absurdo em que somos envolvidos todos os dias... a fraqueza e a dependência do homem dependente do outro até para dizer sim ou não ou mesmo para lembrar as frases feitas e mal formuladas...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

MINHA FILHA NASCEU...


Ontem eu a vi. Ela estava dormindo. Eu passei quase meia hora olhando pra ela, e dentro de mim uma salada de emoção. Nunca me senti daquele jeito, eu só conseguia olhar, olhar, e falar quase nada. Meu coração começou a bater forte e uma emoção que estava em mim e para mim mesmo. Sim, foi intensa... não queria parar de olhar. Enquanto eu a olhava, ela dormia e se mexia aos poucos, suavemente. Comecei a imaginar o que ela sonhava... É um outro mundo filha, um mundo extenso, complexo, rustico e belo ao mesmo tempo, esse, em que você está agora. Eu a vi tomando banho... frágil, recebendo aquela água que caía sobre seu corpinho suavemente, precisando de proteção. Ela não chorou ao tomar banho, só no final quando o banho acabou, acho que ela gostou da descoberta das novas emoções e sensações que aquele toque de uma mão e a água lhe fazia. Depois de alguns minutos respirei mais uma vez profundamente, pois ela estava bem perto de mim, só um vidro nos separava e, alí, comigo mesmo, percebi que eu estava com um ar de riso no rosto que eu não dominava por mais que quisesse. Queria toca-la, pegar naquela maozinha e beijar, mas não podia, pelo menos por enquanto. Foi assim o meu dia de ontem. Único.



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Desejo de vida é a nossa fraqueza!!!!


" Eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto, que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida "




" A verdadeira generosidade em relação ao futuro consiste em dar tudo no presente "




Albert Camus

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

?????


O QUE SERIA DE MIM SEM A MÚSICA?
A MÚSICA É O MEU PURGATÓRIO TODOS OS DIAS.


Um bom arranjo e uma boa letra hummmmmmmmm que gostinho bom.

VOU ARRISCAR.


O COTIDIANO ME ESFAQUEIA TODOS OS DIAS.

ENTÃO EU ARRISCO. A VIDA SEM RISCO É COMO UM PASSÁRO SEM ASAS.



Pensar em você é sentir sensação de estranheza , dor, alegria, medo, dúvida, prazer...
Acho que você me dar medo. Calma, você não é o bicho papão, eu já o conheço e tenho certeza

que você não se parece nada com ele.
Eu posso te chamar de filha? Abra os olhos e deixe com que eu me veja.





Pai? Eu? ...é, você.

Você vem pra dizer que a existência vale a pena, pois você vem, é isso?
Traga suas asas, me deixe voar com você.



Acho que você vai gritar e chorar quando sentir o primeiro ventinho entrando pelas suas narinas, mas não se assuste é o peso da existência. É somente a vida te cobrando o ingresso da passagem. Arrisque e respire fundo. Logo depois eu prometo que eu te levo para ver o mar e os passáros que voam sem medo de cair.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A FELICIDADE NÃO PODE VIVER NO PRESENTE.


A vida é uma constante mentira, quer nas coisas pequenas como nas grandes. Quando nos faz uma promessa, não a cumpre, a não ser para mostrar-nos que era pouco desejável o nosso desejo. Da mesma maneira nos engana a esperança quando não se realiza o que esperávamos. E se a vida cumpre o que nos prometeu, é só para nos tornar a tirar. A beleza do paraíso, que à distância admiramos, desaparece logo que nos deixamos seduzir. A felicidade está no futuro, ou no passado; o presente é uma pequena nuvem escura que o vento impele sobre a planície cheia de sol. Diante e atrás dela, tudo é luminoso; só a nuvem é que projeta uma sombra. Por que será que o valor do presente, mesmo com toda sua complexidade, é projetado somente no amanhã que nunca chega?


Pois é, encontrei esse texto por aí nas navegações do dia a dia e resolvi postar.

Interessante!!!