quarta-feira, 30 de novembro de 2011

É bom pensar.

Que tipo de justiça nós queremos? É preciso fazer essa pergunta todos os dias num país onde a corrupção virou coisa "normal". O filme de José Padilha ( Tropa de elite 1) nos mostra uma realidade, mas essa realidade implica outra muita mais perversa e causadora de uma desigualdade extrema onde se não pararmos para refletir melhor sobre o papel da justiça nós nunca sairemos desse impasse de violência e barbarie. A violência considerada "explícita" não é nada mais nada menos do que efeito daquela violência que muitos consideram "normal" e até querem fazer parte dizendo com sarcasmo "desse jeito vou me candidatar a político também" já que se sentem "inúteis" diante de tanta falta de justiça o que não justifica nada. Quando pararmos de pensar só no nosso próprio umbigo e entendermos que todos fazemos parte dessa sociedade e devemos participar da política do nosso país direta ou indiretamente com a mesma enfase então poderemos, quem sabe, viver numa sociedade melhor. A crítica que o vídeo do cantor Gabriel O Pensador faz ao filme é uma crítica viável e que precisa ser pensado por todos.


Obs: O vídeo foi produzido pelo próprio José Padilha.






Em duro comunicado, a Associação de Juízes para a Democracia critica postura do reitor da usp João Grandino Rodas, a quem consideram reacionário e sem diálogo com a universidade.

29 de Novembro de 2011 às 20:06
Claudio Tognolli_247 – Com a epígrafe citando a clássica frase É preciso solidarizar-se com “as ovelhas rebeldes”, a Associação Juízes para a Democracia emitiu nesta terça-feira um duro comunicado contra a a reitoria da USP. No documento, a entidade estabelece que segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático”.
Trata-se de um sutil golpe contra o reitor da USP, Grandino Rodas, cujo nome foi construído no mundo do direito e, sobretudo, no da magistratura. A entidade deixa claro o descontentamento contra a presença de forças policiais no campus da USP, no Butantã, para debelar focos de estudantes amotinados. E contra comportamento análogo adotado pela reitoria da Unicamp. Veja a íntegra da nota:
A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.
Com efeito, quando movimentos sociais escolhem métodos de visibilização de sua luta reivindicatória, como a ocupação de espaços simbólicos de poder, visam estabelecer uma situação concreta que lhes permita participar do diálogo político, com o evidente objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação, até porque, se assim fosse, não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções.
Entretanto, segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático.
Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.[1]
Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.
É por isso que a AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes “disciplinadores” para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.
Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.
Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho."

Fonte: Home Brasil 247.

Usina Belo Monte.

A ex ministra do meio ambiente Marina Silva nos da uma informação clara sobre os impactos sociais e ambientais da usina Belo Monte. É preciso planejamento diz a ex ministra. A construção da usina Belo Monte tem que ser avaliada em todos os seus resultados tanto os positivos quanto os negativos. Não podemos sair colocando "os bois na frente da carruagem" sem antes ouvir aqueles que de alguma forma ou de outra serão os grandes prejudicados que são as cominidades indigenas.