terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A QUEM INTERESSA A DIVISÃO EM CATEGORIAS NO MAGISTÉRIO?

O governador, Gelado Alckmin, não tem o mínimo de respeito pelos professores. Pois não basta lotar as salas de aula com cinquenta ou mais alunos, e deixar as escolas, pelo menos a que eu estava lecionando, totalmente sucateada, ele ainda consegue, com muita paz e tranquilidade, deixar muitos professores sem trabalho com essa tal de "duzentena", que faz com que qualquer professor fique indignado ou revoltado. Para quem não sabe o que significa duzentena eu explico: seria um período de duzentos dias em que o professor, que já teria sido contratado por quatro anos pelo Estado, deve ficar sem contrato, ou seja, numa espécie de "geladeira", sem trabalho, salário, desempregado mesmo. O docente presta seus serviços por quatro anos e de repente, sem mais nem menos, o governador despede o profissional sem justa causa, sem nada que desabone a sua conduta. Simplesmente para que o professor não pegue nenhum vínculo empregatício. Quando você pensa que o Estado seria aquela entidade que iria dar o exemplo, você se depara com o pior vindo pelo o governo... Nada, absolutamente nada, o docente consegue fazer se estiver nessa duzentena. Nem participar do cadastro emergencial ele pode, ou seja, nada mesmo. O que resta para o profissional é trabalhar de qualquer outra coisa, pois emprego em escolas particulares está cada vez mais difícil, salvo se você tiver algum "padrinho" dentro do colégio. Já não basta ter um dos salários profissionais mais baixo do mercado, se tratando de uma profissão que deveria ser uma das mais respeitadas, o docente ainda tem que passar por essa humilhação. As pesquisas mostram que professor é uma daquelas poucas profissões que quando se trata de elogios, todos concordam com a sua importância para o bem da sociedade. No entanto, me parece que somente o governador, Geraldo Alckmin, não percebe isso.  Pois a qualidade dos profissionais não interessa a este senhor... Não quero julgar meus colegas aqui, mas na hora de decidir a quem é atribuído primeiro as aulas, muitos que estão dentro, ou acima da qualidade, ficam de fora. E isto se deve por causa da contagem de pontos de magistério, onde o privilegiado seria aquele que tem mais tempo de casa. Mesmo que o professor passe no concurso público com uma ótima pontuação, não importa, o contratado é tido como "inferior" perante o governo do Estado. Sem direito a saúde pelo servidor público (IAMSPE) e com poucos benefícios no que compete a premiação ou aulas abonadas, este profissional se trata apenas de um "tapa buraco". O que difere, e muito, daquele que está efetivo; devido a uma prova chamada concurso público. No entanto os afazeres e os problemas enfrentados no dia a dia são os mesmos, muitas vezes chegando a ser maiores já que os efetivos acabam faltando mais devido a segurança que tem no emprego.




Só nos basta afirmar que tem muita coisa errada. Lamentável que assim seja.